Jornal Estado de Minas

Alça de viaduto que não desabou é escorada; bombeiros não descartam demolição

A empresa responsável pela obra foi orientada pelo Corpo de Bombeiros a fazer o escoramento da estrutura. Alça será novamente vistoriada depois que a parte que cedeu for demolida

João Henrique do Vale Tiago de Holanda
A alça do Viaduto Batalha do Guararapes que não desabou vai passar por uma nova vistoria.
Isso vai acontecer depois que a estrutura que cedeu for demolida. Nessa quinta-feira, técnicos da Coordenadoria de Defesa Civil (Comdec) e militares do Corpo de Bombeiros vistoriaram o elevado. A empresa Cowan, responsável pela obra, foi orientada a fazer o escoramento. Os trabalhos estão em andamento. As autoridades não descartam a demolição desta parte da via.

Veja imagens do desabamento

A nova vistoria será feita depois que os escombros forem recolhidos da Avenida Pedro I, palco da tragédia que deixou dois mortos e 22 feridos. "Após a vistoria, vamos definir se a estrutura será demolida.
Já fizemos uma análise nessa alça. A empresa (Cowan) reforçou a estrutura com escoras", disse o chefe da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, capitão Frederico Pascoal.

O militar acompanha o trabalho da perícia que é feito na manhã desta sexta-feira. Os trabalhos são coordenados pela Polícia Civil e tem a participação de outros órgãos, como a PF, a Defesa Civil e o Crea. "Depois que a perícia terminar, a demolição dos escombros (da alça que desabou) e sua retirada serão executadas pela empresa (Cowan), que vai definir como isso será feito", explica Pascoal. "A perícia não tem prazo para acabar", diz.

O presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG), Frederico Correia Lima, acompanha os trabalhos de perícia. Segundo ele, a principal hipótese levantada até agora é a de que o excesso de peso em um dos pilares do viaduto provocou o colapso da estrutura. "Aparentemente, houve o afundamento de um pilar do viaduto. Com a retirada de algumas escoras, o peso que estava distribuído entre escoras e pilar ficou todo direcionado para o pilar principal", explicou. "Temos que analisar o plano de retiradas de escoras para ver como ele estava funcionando. Esse projeto determina quando e como as escoras devem ser retiradas", acrescentou.

Veja como foi o acidente
- Foto: Soraia Piva/em.com.br

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