O juiz da 1ª Vara da Fazenda Municipal, Nagib Abraão, determinou nesta sexta-feira a reintegração de posse imediata do prédio da Companhia Urbanizados de Belo Horizonte (Urbel), ocupado por manifestantes desde quarta-feira.
Uma das exigências do grupo para sair da Urbel foi a retirada do Batalhão de Choque da porta. Pediriam também que ninguém fosse revistado.
Uma reunião de negociação está marcada para acontecer no dia 17 de julho na Cidade Administrativa, entre líderes das ocupações e representantes do governo de Minas. Também há um encontro agendado para o dia 10 no Ministério Público, em BH.
As ocupações começaram na quarta-feira pela manhã. Grupos montaram acampamento na Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, nos prédios da Advocacia Geral do Estado (AGE), na Rua Espírito Santo, e da Urbel, na Avenida do Contorno. Hoje, somente o protesto da Urbel era mantido.
Os sem-teto têm sete reivindicações, entre elas a garantia de não haver desocupação forçada dos terrenos onde vivem e a regularização fundiária dos mesmos. Também querem a efetivação de projetos de infraestrutura urbana básica como fornecimento de água, luz, esgoto sanitário e pavimentação. Os manifestantes ainda pedem atendimento nas áreas de saúde e educação.
Ato em memória
Com a saída dos manifestantes, a Avenida do Contorno ficou fechada momentaneamente nos dois sentidos. PM desvia o tráfego pela Rua Levindo Lopes, mas há engarrafamento. A caminhada do grupo fechou o trânsito e obrigou motoristas a retornarem em canteiros centrais. Eles vão descer para a prefeitura de BH, no Centro, para fazer um ato em memória aos mortos na queda do viaduto da Avenida Pedro I, tragédia que aconteceu ontem. Logo depois dessa homenagem as família seguirão para os terrenos onde vivem.
Carros da PM seguiram os manifestantes para prevenção. Eles passaram pela Praça da Savassi, onde pararam por alguns minutos.
Por volta de 17h30, manifestantes foram embora em ônibus fretados.