Os corpos das vítimas da queda de viaduto na Avenida Pedro I, em Belo Horizonte, foram enterrados no fim da tarde desta sexta-feira. Tanto a motorista do micro-ônibus Hanna Cristina, de 26 anos, quanto o condutor do Fiat Uno Charlys Frederico Moreira do Nascimento foram homenageados por amigos e parentes sob forte comoção.
Indignado, o pai da motorista, José Antônio dos Santos, de 61 anos, diz que ainda sente a presença da filha. "No meu coração, a minha filha não morreu. Ela está viva. Nunca sairá do meu coração", comentou. Santos culpou as autoridades pelo acidente. Segundo ele, a correria para fazer a Copa do Mundo tirou a vida da sua filha. O homem diz que, pouco tempo antes do acidente, Hanna ligou para ele para pedir a benção, como fazia todos os dias. "Ela se foi. Nenhuma autoridade me ligou até o momento. Queremos Justiça". A filha de Hanna, de apenas 5 anos, também vítima do acidente deixou o hospital para se despedida da mãe.
O corpo de Charlys foi enterrado no Cemitério Campo da Saudade, em Lagoa Santa, na Grande BH, por volta de 17h40. Sob forte emoção, o pai da vítima disse que vai até as últimas conseqüências e não quer dinheiro, mas sim uma resposta do motivo pelo qual o filho morreu. Ele disse que está revoltado com a fala do prefeito Marcio Lacerda de que “acidentes acontecem” e vai contratar advogados para tomar providências. Amigos do grupo de Charlys, do grupo de cavalgada, marcaram presença e deram o adeus com homenagens.