As obras de coleta e tratamento de esgoto na capital fluminense foram entregues em 2012 a um consórcio que tinha a participação da Cowan e previa a execução em 30 anos. O meganegócio passou a ser questionado pelos órgãos fiscalizadores depois que veio à tona que a construtora tinha patrocinado uma viagem de lazer ao Caribe, em abril de 2011, ao secretário municipal de Urbanismo do Rio, Sérgio Dias, e ao secretário estadual de Governo, Wilson Carlos. A viagem, com o jato da construtora, durou cinco dias. As empresas vencedoras do consórcio ficaram responsáveis pela construção de estações de tratamento, com direito à arrecadação pelo serviço em 21 bairros.
À época, a assessoria do então governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral informou que a Cowan não havia firmado nenhum contrato com o estado desde 2007.
As obras no sistema de esgotamento sanitário em Porto Velho também foram alvo de denúncias do TCU por irregularidades graves no processo de licitação. No relatório Fiscobras de 2010, o tribunal identificou sobrepreço de quase R$ 106 milhões no contrato, deficiências no projeto básico, restrição à competitividade na licitação da obra e ausência do parcelamento do objeto licitado. A obra continuou com problemas no ano seguinte, sendo mantida na lista das obras com irregularidades graves e, no final de 2011, o TCU determinou à Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral do Governo de Rondônia que anulasse as licitações e cancelasse o contrato.
O grupo a que pertence a Construtora Cowan atua na construção pesada, exploração de petróleo e gás e na concessão de serviços públicos. Procurada, a assessoria de comunicação de empresa informou que só está se pronunciando sobre a queda do viaduto e que não comentaria outros temas..