Nesse sábado, os trabalhos se concentraram na limpeza da área do viaduto para melhor visualização da estrutura. Os peritos chegaram à conclusão que vão atuar em um dos três pilares da alça sul do elevado, que afundou seis metros e que, acreditam os peritos, guarda as respostas para as causas do acidente. O pilar é amparado por 10 estacas de concreto armado, com profundidade de 22 a 24 metros e 80 centímetros de diâmetro, de acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape/MG), Frederico Correia Lima. As outras duas pilastras de sustentação do pontilhão não apresentaram problemas.
Do ponto de vista da perícia, a demolição das partes que estão obstruindo a Avenida Pedro I já foi liberada. Porém, ainda são necessárias definições com a população do entorno e também outras autoridades, como o Ministério Público. A expectativa dos peritos é conseguir iniciar as ações específicas de análises das causas do problema na terça-feira ou quarta-feira, quando eles terão a segurança necessária para investigar o pilar que afundou, sem máquinas quebrando concreto na própria área de trabalho. O coronel Alexandre Lucas, coordenador municipal da Defesa Civil, informou que o órgão está fazendo o possível para atender no menor tempo as quatro exigências da Polícia Civil para começar a demolição do viaduto.
TECNOLOGIA Na tentativa de levantar o maior número de informações possíveis sobre o desabamento, a Polícia Civil conta com a ajuda da tecnologia. Chegou ontem a Belo Horizonte um equipamento do tipo scanner capaz de fazer uma varredura fotográfica no local do acidente e reproduzir a realidade no computador em três dimensões. Esse aparelho é de uma empresa de Santa Catarina e foi usado uma única vez no Brasil, em janeiro de 2013, no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Segundo o diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, Marco Antônio Paiva, o equipamento vai ajudar peritos a reproduzir o que ocorreu na última quinta-feira..