Jornal Estado de Minas

Tribunal de Justiça embarga demolição de viaduto que desabou em Belo Horizonte

O embargo foi justificado para preservar o local do desabamento para trabalho da perícia

Andréa Silva

- Foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press


O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) embargou a demolição do Viaduto Batalha dos Guararapes, previsto para começar na manhã deste domingo, conforme anunciou o site oficial da Construtora Cowan, responsável pelas obras do elevado que desabou na tarde da última quinta-feira (3). O TJMG notificou  hoje a Defesa Civil Municipal, esclaracendo que a decisão foi tomada após provocação do Ministério Público Estadual (MPE). “O TJMG mediante provocação do MPE determinou que o local dos fatos permaneça inalterado e a conservação do cenário se estabeleça”, divulgou em nota a assessoria de imprensa da Defesa Civil.

O embargo foi sentenciado após a Construtora Cowan S/A ter postado no site oficial da empresa que “recebeu autorização das autoridades competentes” para iniciar a demolição a partir das 8 horas de hoje.

Sem Pressa

Nesse sábado, o coordenador municipal de Defesa Civil, Coronel Lucas, disse que  a demolição "não será feita às pressas". De acordo com ele, todas as normas de segurança padrão para um procedimento como esse serão acatadas. O militar fez essa observação por causa da urgência na liberação do trânsito no local, em especial para a próxima terça-feira (8), dia do jogo entre o Brasil e Alemanha, no Mineirão. A avenida interditada em função do desabamento do elevado em construção tem obrigado motoristas a buscarem outros acessos ao estádio e região da Pampulha, causando congestionamentos em outras vias da cidade.

Sem implosão

O coronel Lucas também informou que não haverá implosão no local. De acordo com ele, o maquinário já está disponível na Avenida Pedro I para demolição em blocos. Em seguida a esse processo, os pedaços do viaduto serão levados para destruição longe do desabamento.

A expectativa do secretário municipal de Obras, José Lauro Terror, que concedeu entrevista na última sexta-feira (4), é  de que a demolição deve durar 24 horas.
Também de acordo com o secretário, todo o trabalho de demolição será feito de forma mecânica, sem o uso de qualquer tipo de explosivo. Serão usados apenas equipamentos como o rompedor hidráulico e trator com uma broca para perfurar rochas e concreto.

Segurança

O coronel Lucas listou quais são os pré-requisitos principais a serem preenchidos antes de iniciar a demolição: escoramento da alça do viaduto que não desabou – na manhã deste sábado, operários estavam trabalhando com esse objetivo-, além da cobertura com tapumes do Residencial Antares, conjunto residencial ao lado do viaduto, e também nos imóveis do entorno do elevado.

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