Jornal Estado de Minas

Delegado vai determinar início da demolição do viaduto que desabou em BH

Delegado responsável pelas investigações sobre as causas do desabamento do viaduto quer que o local seja preservado para o trabalho de perícia

Andréa Silva

- Foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press


O promotor de Justiça Marco Antônio Borges disse, neste domingo, que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi além de suspender a partir de hoje a demolição do Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, na Região de Venda Nova, que desabou na última quinta-feira (3). Borges explicou que por decisão judicial a operação só será iniciada depois da autorização do delegado que coordena a investigação sobre as causas do acidente. Na noite desse sábado, a Construtora Cowan S/A, responsável pelas obras do viaduto, postou no site oficial  da empresa que o elevado seria demolido a partir das 8h deste domingo.

De acordo com o promotor,  a medida judicial  foi provocada por solicitação do próprio delegado responsável pelas investigações, Hugo e Silva, da Delegacia de Venda Nova. O promotor informou que Hugo e Silva procurou,  na noite desse sábado, o juiz de plantão, no Forum Lafayette, Richard Fernando da Silva, solicitando garantias para preservação da área que ele demarcou para os trabalhos de perícia. O juiz negou a solictação do delegado.

Diante da recusa,  Hugo e Silva se dirigiu ao Ministério Público Estadual (MPE) para recorrer da decisão do juiz. Hugo e Silva acabou sendo atendido pelo MPE, que encaminhou o recurso ao desembargador Adilson Lamounier, que decidiu pelo deferimento do recurso.

Borges contou ainda que o delegado o procurou se sentindo “desconfortável” com a possibilidade de não haver a preservação do local para a conclusão do laudo pericial com o início  da demolição já neste domingo.

O promotor esteve no local do desabamento, na manhã de hoje, e notificou a Defesa Civil. Borges informou também que no pedido deferido pela Justiça está ainda a solicitação do MPE para a que a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil apoie o trabalho da Polícia Civil. Além disso, foi solicitada a garantia de segurança dos moradores e comerciantes no entorno do viaduto.
E ainda que a  Construtora Cowan arque com as despesas de moradores que precisarem deixar o local em consequência do desabamento. Nesse sábado, moradores denunciaram rachaduras em apartamentos do codomínio  que fica ao lado do elevado.

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