Pedro Rocha Franco
Na maioria das vezes, a conversa se resume a dicas de lugares para se visitar, onde comer e certos cuidados necessários em uma cidade diferente. São rápidos minutos de uma aula sobre Belo Horizonte e as cidades mais próximas da capital mineira que estão na ponta da língua da equipe de informação do aeroporto de Confins. Mas, em muitos casos, a relação extrapola a conversa rotineira para se transformar em uma longa história, que, sem dúvida, ficará escrita no livro do imaginário sobre a Copa do Mundo.
A lista inclui desde um colombiano que gostou tanto do atendimento de um taxista que retornou ao aeroporto somente para deixar um chapéu e uma camisa da Colômbia de presente ao “amigo” brasileiro até um argentino que esqueceu o bilhete do jogo contra o Irã no balcão de atendimento e só conseguiu ir ao estádio graças a boa vontade da equipe de informação da Belotur que procurou o Consulado Argentino em busca do torcedor. As histórias estão frescas na memória da diretora de Promoção Turística da Belotur, Stella Kleinrath. “Teve um turista, não me lembro bem a nacionalidade, que veio nos pedir ajuda porque a mãe dele tinha pegado um voo errado para Buenos Aires. E ela não sabia falar uma palavra em espanhol”, conta.
Não para por ai. Em inglês, alemão, italiano, espanhol, francês e até chinês, a equipe poliglota da Belotur recepciona os turistas e, claro, ajudam nos primeiros passos ao chegar em Minas Gerais. Mas, além do serviço relacionado ao turismo, com a elogiada hospitalidade brasileira, eles socorrem os turistas em casos de emergência.
Segundo ela, teve um colombiano que veio sem reserva e teve de dormir na rodoviária. “Lembro também de quatro belgas que vieram com reservas para a Paraíba. O mais jovem deles, de uns 35 anos, que tinha programado tudo. Enquanto ele tentava resolver o caso, os outros três senhores com mais de 60 anos ficaram bebendo cerveja.” No rol de indicações, o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, Mercado Central e o alto da Afonso Pena, além, é claro, da Pampulha. As dicas são específicas para o perfil do visitante. “A Savassi é o mais ouvido por eles. Mas às vezes eles querem algo mais tranquilo”, explica Stella. Caso a preferência seja a calmaria, indica Sion, Lourdes e Santa Tereza..