Gustavo Werneck e Pedro Rocha Franco
Brasileiros de vários estados estão em BH para torcer pela Seleção Canarinho. Ontem, nos pontos turísticos de Belo Horizonte e na região da Savassi, diferentes sotaques eram ouvidos entre caipirinhas, cervejinha gelada, petiscos e sorvetes. Certos da vitória do Brasil, três casais de São Paulo se divertiam no quarteirão fechado da Rua Antônio de Albuquerque, tendo como anfitrião o empresário mineiro Hélder Fabiano. “Vai ser 2 a 1 para nós”, apostou o operador de câmbio Cláudio Lenzi, que passeava na Savassi com a mulher, Karla. Para ela, 1 a 0 estará de bom tamanho.
Baianos radicados em São Paulo, Juvenal Neto e Maria Luíza já têm ingressos para o Mineirão. Os paulistas Tide e Elaine Pimentel preveem placar apertado e vão encarar o bate-e-volta. “Amanhã, vou cedo para São Paulo, pois vou ao Itaquerão assistir à partida entre Holanda e Argentina”, disse Tide. Com a camisa do Internacional de Porto Alegre, o paranaense Reginaldo Reginaldo Martins estreia em copas do Mundo. “A Alemanha é freguesa. Torci pela vitória dela sobre a França, pois acho que com a França seria mais complicado. Vai ser 2 a 0”, assegurou. Já o engenheiro de automação Tarciano Santos da Silva não está tão seguro: “Vai dar empate, prorrogação e disputa de pênaltis”.
Pela primeira vez em BH, o casal gaúcho Alcindo e Cristiane Dedavid aposta que o vencedor de hoje será o campeão da Copa do Mundo. Além do jogo no Mineirão, eles foram a três partidas em Porto Alegre (RS) e à cerimônia de abertura, em São Paulo (SP). Apesar do pessimismo inicial, Alcindo rasga elogios à organização do evento. “Superou nossas expectativas. A gente pensou que fosse dar tudo errado, mas foi o contrário.”
Enquanto isso...
... Ex-melhores amigos
Elogiados pela simpatia e boas maneiras desde o início da Copa, os turistas de Medellín David Barrientos e Abigaíl Delgado, de 25 e 28 anos, estão magoados com o tratamento que os colombianos passaram a receber dos brasileiros desde sexta-feira, quando a entrada de Zuñiga, lateral da seleção de seu país, tirou Neymar Jr. da competição. “Nos chamaram de carniceiros na tevê”, contou Abigaíl, assustada. “No creo (não acredito) que tenha sido intencional. Foi um lance normal de disputa de bola. Estou triste porque vim ao Mundial para ver os melhores jogadores em campo, como Neymar, Muller, Messi e Robben”, completou David.