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Estado de Minas BABEL DE CHUTEIRA

Visitantes de mais de 30 países estão na capital

Cidade recebe torcedores de nações que nem disputaram o Mundial


postado em 08/07/2014 00:12 / atualizado em 08/07/2014 09:03

Pedro Rocha Franco, Gustavo Werneck e Sandra Kiefer

 

Do Canadá - Issa Badreddine, Bilal Sayed Ali, Hanza Raad e Wassim Shirry passeiam na Praça da Liberdade (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Do Canadá - Issa Badreddine, Bilal Sayed Ali, Hanza Raad e Wassim Shirry passeiam na Praça da Liberdade (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Dispostos a cruzar o mundo para torcer por sua seleção ou ver uma bela partida, independentemente dos países em campo, os fiéis seguidores da Copa chegam animados a Belo Horizonte para assistir ao jogo do Brasil contra a Alemanha. O Mineirão vai receber de hermanos colombianos e peruanos a turistas da Mongólia, Austrália e Rússia. Apenas ontem, visitantes de cerca de 30 nacionalidades desembarcaram no Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Hoje, 172 voos extras vão pousar em Confins e na Pampulha, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

De origem libanesa, Bilal Sayed Ali, Hanza Raad, Wassim Shirry e Issa Badreddine moram em Montreal, no Canadá. Com idades entre 28 e 30 anos e alto poder aquisitivo, o grupo planejou durante nove meses as férias brasileiras. Ontem, eles passeavam pela Praça da Liberdade fotografando as palmeiras e o Palácio da Liberdade. “É museu?”, perguntava Bilal, contando que eles planejam voltar ao Rio de Janeiro e a São Paulo.

Os indianos Arijit Bhattacharya, de 44 anos, Salil Ajinkya, de 40, e Amit Basu, de 48, moram em Nova York. Ontem, eles passeavam na Savassi. A Índia não disputou o Mundial, mas o trio frequenta estádios desde a Copa de 1994, nos Estados Unidos. Só Amit foi à Alemanha. “A melhor de todas as Copas é a daqui. Afinal, o Brasil é o país do futebol”, comentou Arijit.

Outro fanático pelo esporte é o empresário francês Micael Momoun, de 60. “Desde a Copa de 1998, realizada no meu país, participei de todas. Só não deu para ir à África do Sul”, contou. Usando bonezinho verde-amarelo, ele já se programa para ir a Moscou em 2018. Judeu, ele quis visitar uma sinagoga na noite de domingo e ficou feliz em contar com a ajuda de policiais militares. “Eles me levaram até o hotel. Foi muito bom”, elogiou o visitante, impressionado com a quantidade de mendigos nas ruas de BH. “Falta uma política social”, observou.

DOS EUA - Daniel e Jeff Zayas, Daniel e Michael Pace continuam no Brasil, apesar da desclassificação do time norte-americano (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
DOS EUA - Daniel e Jeff Zayas, Daniel e Michael Pace continuam no Brasil, apesar da desclassificação do time norte-americano (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Andrew Hobbs, de 43, está na sua terceira Copa do Mundo: “Fui à Alemanha e à África do Sul”, conta o orgulhoso australiano, vestindo a camisa amarela de sua seleção, eliminada na primeira fase. Há quatro semanas no Brasil, Andrew e o conterrâneo Vince Cantore, de 51, já conheceram Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP). Estão gostando da alegria nas ruas do país.

Hoje, o australiano Mark di Palma vai assistir a seu nono jogo na Copa. O esporte não está entre os mais populares da terra do rúgbi, mas o número de adeptos tem crescido, conta ele. Apesar das três derrotas da Seleção Australiana, Mark aprovou o desempenho do time. Ele quer ver a festa para a Seleção do Brasil dentro do estádio. “É impressionante a paixão do brasileiro pelo futebol”, diz Mark, que visitou São Paulo, Cuiabá, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Recife e Salvador.

O norte-americano Daniel Zayas, de 24, improvisava como intérprete, ciceroneando um grupo de amigos e o irmão mais novo, Jeff, de 22 – todos com ingressos para o Mineirão. Zayas estuda português nos Estados Unidos e fez intercâmbio em Portugal. Na tarde de ontem, Daniel, Jeff e os irmãos Michael e Daniel Pace, de 27 e 22 anos, passeavam na Praça da Liberdade.

Diferença Ex-jogador de futebol e comentarista da TV polonesa, Grzegorz Mielcarski conta, em português perfeito, que se surpreendeu com a organização da Copa diante da “publicidade negativa” veiculada meses antes do torneio. “O Brasil é um país fantástico com alguns pequenos defeitos”, observou Grzegorz. “É tanta diferença (econômica) que isso marca as pessoas”, analisa. Além das belezas cariocas, ele destacou Brasília. “É uma cidade de pouco mais de 50 anos com quase 3 milhões de habitantes. Isso é impensável na Europa, onde as antigas cidades não têm nem a metade dessa população”, afirma.

 

 

Enquanto isso...

...Balcão globalizado

A diretora de Promoção Turística da Belotur, Stella Kleinrath, responsável por um balcão de informações no aeroporto de Confins, informa que turistas de 75 nacionalidades solicitaram ajuda à sua equipe desde o início da Copa do Mundo. O balanço não inclui desembarques ligados ao jogo de hoje. Além de conterrâneos das 32 seleções que disputam a Copa do Mundo, há visitantes nascidos em Belize, Uzbequistão e Quirguistão, entre outros países. “O mundo todo está aqui”, afirma Stella.
 
 


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