Cerca de 60 manifestantes se reuniram na manhã desta terça-feira para cobrar respostas sobre o desaparecimento do adolescente Mateus de Souza Lopes, 15 anos. O jovem sumiu no dia 16 de setembro de 2012, na Pedreira Prado Lopes, Região Noroeste de Belo Horizonte, e moradores acusam a Polícia Militar de desaparecer com Mateus. O protesto intitulado “Cadê o Mateus” foi convocado pelas redes sociais e tem acompanhamento da PM, que está com sete viaturas no trecho do protesto. O grupo está em frente ao Departamento de Investigações (DI), no Bairro Lagoinha.
De acordo com os organizadores, dados do Ipea mostram que os negros e as negras são as maiores vítimas da violência policial, duas vezes mais do que pessoas brancas.
Mateus é negro e tem apelido de “Ronaldão” porque é bom no futebol.
Na noite do desaparecimento comprou uma moto de um usuário de drogas com R$ 100, que ganhou de mesada do pai. No dia seguinte, rodou com a moto pelo aglomerado com outros dois amigos da mesma idade.
No fim da tarde, deixou a moto na Rua Popular, na frente de um lote vago. Por volta de 20h30, retornou com os amigos para ver a moto, quando avistou um carro da PM.
Com receio de terem sido vistos, os menores correram para a casa da avó de Mateus ali perto. Por volta de 21h30, Mateus voltou para saber se haviam rebocado a moto.
Os amigos disseram para não voltar, no entanto ele foi ao local sozinho e nunca mais foi visto. Moradores apontam a responsabilidade pelo sumiço à polícia.