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Estado de Minas

Alemães se esbaldaram com comida mineira na confraternização antes do jogo


postado em 09/07/2014 00:12 / atualizado em 09/07/2014 07:10

Valquiria Lopes e Luciane Evans

Thomas Rucckert e Torsten Bol elogiaram os mineiros(foto: Jair Amaral/EM DA Press)
Thomas Rucckert e Torsten Bol elogiaram os mineiros (foto: Jair Amaral/EM DA Press)
Longe do chucrute, do kassler e do joelho de porco, os alemães se esbaldaram ontem com a comida mineira. Ruas, bares, restaurantes, portas de hotéis e praças da capital foram tomadas por torcedores que vieram assistir ao jogo da seleção de seu país contra o Brasil. Antes da partida, eles confraternizaram com os mineiros e turistas de outros estados.

Entre uma cerveja e outra, muitos alemães passaram a manhã no Mercado Central preparando-se para o jogo no Mineirão. O pintor Thomas Rucckert, de 32, veio de Frankfurt. “Estou há apenas um dia em Belo Horizonte, mas já aproveitei para ir à Savassi e quis conhecer o mercado. Estou adorando as pessoas, que são gentis e amáveis. A comida é muito gostosa”, elogiou, enquanto se deliciava com uma porção de filé com mandioca frita e pimenta biquinho.

A comida também agradou ao gerente de vendas Michael Dinnar, de 39. “Provei um pouco de tudo. Ontem (segunda-feira), eu e meus amigos fomos a uma churrascaria. A picanha é muito boa”, contou ele, que visitava também o Mercado Central. A hospitalidade e o jeito acolhedor dos mineiros ganharam nota 10 de Michael. O alemão e amigos vieram de carro do Rio de Janeiro para BH. “De avião, não é possível conhecer os lugares, ver como o Brasil é realmente. Viemos parando, tirando fotos”, revelou.

Facebook O mineiro Anselmo Rosa, de 48, acompanhava o grupo. Amigo de Michael, o empresário mora em BH. “Nós nos conhecemos em Bogotá (Colômbia) e trocamos mensagens constantemente pelo Facebook. Quando decidiu vir ao Brasil, ele me pediu para ajudar a reservar um hotel e eu os auxiliei”, disse.

Ao comparar as copas realizadas no Brasil e na Alemanha, torcedores alemães reconheceram muitos pontos positivos deste mundial, mas consideraram a distância entre as cidades-sede o ponto negativo do evento brasileiro.
Klaus Dieter, de 49, elogiou o Brasil. “Em 2010, fui para a África do Sul. A festa brasileira está bem melhor do que a de lá, há mais estrutura aqui. No caso da Copa da Alemanha, podíamos ir de carro às cidades-sede, enquanto temos de nos deslocar de avião no Brasil, o que é um pouco cansativo e caro”, comparou.

Paul Wright, de 39, destacou outra diferença entre os campeonatos: “Há muitos estrangeiros vivendo na Alemanha, muitos aproveitaram os holofotes da Copa para exibir seus hábitos e costumes. Aqui é o contrário: os brasileiros estão mostrando a sua cultura para o mundo”. Wright ressaltou a autoestima que o evento trouxe para seu país. “Os jogos fortaleceram o espírito de nacionalidade do nosso povo, o que foi muito bom”, concluiu.

 

 


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