“Não precisava ser tão humilhante. O Brasil vai entrar na história como o país que sofreu a maior goleada na Copa do Mundo de 2014”, afirmou, irada, a bancária Laura Lisboa, de 27 anos, que estava assistindo ao jogo na Praça JK. Os torcedores que estavam no local não escondiam a perplexidade. Aos poucos, fazendo ironia com o resultado, parte da plateia comemorava os gols da Alemanha. A praça, que estava cheia no começo do jogo, se esvaziou significativamente após o final do primeiro tempo. E o que era expectativa dos torcedores se tornou irritação.
A praça JK, local de reunião de torcida maciçamente jovem, começou a tarde cantando emocionada o Hino Nacional. O primeiro gol alemão foi recebido com surpresa, mas a expectativa era de reação. Quando a Alemanha fez mais dois gols, seguidos, veio a decepção, apatia e críticas ao jogo e a seleção. Futebol posto de lado, a plateia se dedicou ao que mais gosta de fazer: paquerar, conversar e fazer selfies. Um taxista, que chegou a praça JK para ver o final do segundo tempo, ao ouvir o apito do juiz, encerrando a partida, sintetizou o sentimento coletivo: “Terminou o pesadelo”. E foi embora.