Foi o que fez o administrador de empresas Daniel Ramos, 30 anos, que veio de São Paulo com a namorada e com amigos para ver o duelo perdido pelo Brasil. “Consegui dois ingressos ontem (anteontem) pela manhã. Acordei às 5h e quarenta minutos depois já tinha comprado. Agora vamos tentar conseguir bilhetes para a final”, disse. O engenheiro paulista Renato Nunes, 33 anos, amigo de Ramos, conseguiu nada menos do que 23 ingressos e para isso gastou cerca de R$ 13 mil.
Enquanto isso, o espanhol Christian Recio, 32 anos, piloto de linha aérea, e o dimamarquês Basel Taleb, chegaram a BH para tentar ver seu primeiro jogo na Copa das Copas. Sem ingressos, eles aceitavam carregavam um pequeno cartaz de papelão, fácil de dobrar, onde se lia “We need tickets”. Os dois estavam dispostos a pagar R$ 7 mil por cada bilhete. De um lado, Basel vestia uma camisa do Brasil e torcia abertamente pela seleção canarinha. Do outro, Christian vestia a camisa do uniforme da seleção alemã, mas avisava: se o Brasil ganhar, troco de blusa. Tenho uma da seleção brasileira na mochila.
Cantoria Por outro lado, entre os brasileiros parecia até que o confronto não era contra os alemães. No caminho para o Mineirão, o que se ouvia eram os cantos contra a Argentina. “Mil gols, mil gols…”, cantavam os patrícios. Enquanto isso, os alemães seguiam confiantes na vitória. Sem Neymar e sem Thiago Silva, a seleção Canarinho não assustava os torcedores germanos.
Enquanto isso...
...Tudo para ter só um aceno
“Ô Felipão, libera a seleção. Ô Felipão, libera a seleção”, cantava a torcida ansiosa para ver os craques da Seleção Brasileira que estavam hospedados em um hotel da Região Nordeste de Belo Horizonte. Desde o início da manhã de ontem, muitos torcedores se aglomeravam para ver algum dos ídolos. Vestidos com a camisa amarela, pintados com as cores da bandeira ou com algum mimo para ser entregue aos atletas, aquele momento era, para muitos que estavam ali, o mais próximo que eles chegariam da Seleção Canarinho. Sem ingresso para acompanhar a partida no Mineirão, a operadora de telemarketing, Bruna Kellen, de 29 anos, levou os dois filhos para ver de perto os ídolos. Moradora do Bairro Jaqueline, na Região Norte de BH, Bruna acordou cedo e atendeu o pedido de Leonardo, de 5, e de Luan, de 3, que convenceram a mãe a ir para a porta do hotel. . “Era muita confusão, mas para ver a Seleção vale a pena”, afirmou.