Um lanterneiro condenado pela morte da filha, em 2006, foi preso novamente na madrugada desta quarta-feira suspeito de estuprar uma mulher de 50 anos e tentar atropelar outra filha e o genro. A sequência de crimes aconteceu na cidade histórica de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais.
De acordo com o tenente Renato Vieira, do 52º Batalhão da Polícia Militar, tudo começou por volta de 1h, quando o homem ofereceu carona para uma conhecida. A mulher entrou no carro dele, um Saveiro, mas foi surpreendida com a mudança de trajeto. Ao invés de levá-la ao destino combinado, o lanterneiro a obrigou a entrar na casa dele, local onde ela foi violentada sob constantes ameaças de morte.
Segundo o militar, a mulher passou parte da madrugada em poder do agressor. Quando ele foi ao banheiro, ela aproveitou a oportunidade e ligou para a irmã. Durante o telefonema, que foi muito rápido, ela não conseguiu dar detalhes do ocorrido. A irmã avisou para a polícia, mas os militares não conseguiram dados suficientes para socorrer a vítima.
A própria vítima conseguiu convencer o lanterneiro a libertá-la, depois de horas de cárcere e violência. A mulher prometeu não chamar a polícia e o agressor a liberou. Assustada, ela saiu da casa e pediu socorro em uma república vizinha, relatando todo o ocorrido aos estudantes. A PM foi acionada e quando chegou ao local já não encontrou o lanterneiro. Ele fugiu de carro em direção à casa da ex-mulher, onde também mora uma filha de 16 anos.
O lanterneiro brigou com todos que estavam na casa, porque queria se esconder da polícia, mas eles não permitiram. Quando deixou a residência tentou jogar o carro para cima da filha de 16 anos e do namorado dela, também menor de idade. A ex-mulher chamou a PM novamente informando a tentativa de homicídio. Mais uma vez, o lanterneiro fugiu no Saveiro, porém foi preso minutos depois na Rua Alfredo Baeta, Bairro Antônio Dias.
Prisão
Ao se preso, o lanterneiro assumiu os crimes da madrugada. A própria filha fez questão de relatar aos policiais que o pai era condenado da Justiça pelo crime de homicídio. Há oito anos ele matou uma filha, de apenas 2 anos, degolada. Por vingança a outra ex-mulher, cometeu o crime bárbaro pelo qual foi condenado.
De acordo com o tenente Vieira, em progressão de regime - por se réu primário - o homem conseguiu a soltura. Antes de ser condenado ele era funcionário público municipal, mas perdeu o cargo e agora trabalha como lanterneiro.
Nesta manhã, o homem está na delegacia de Ouro Preto à disposição do delegado para autuação. A mulher estuprada foi para a Santa Casa da cidade e passa bem. A filha adolescente e o genro do agressor não ficaram feridos.