A Polícia Militar (PM) reforçou o policiamento na noite deste domingo na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, por causa da ameaça de um protesto marcada pelas redes sociais. O ato estava marcado para começar às 18h, porém, até a publicação desta reportagem, nenhum manifestante estava no local.
Aproximadamente 55 viaturas do Batalhão de Choque, 1º Batalhão e Batalhão Copa, estão posicionados nos quatro cantos da praça. Entre os veículos estão dois ônibus com militares do choque preparados para entrar em ação caso necessite. A PM deve utilizar a mesma estratégia usada nos outros protestos na capital, onde os manifestantes foram cercados para evitar quebradeiras, como as que aconteceu no início do Mundial. “Será encarada como qualquer outra manifestação desde que eles atendam o que a própria lei determina, que é o ato sem violência. A PM vai agir caso haja depredações”, explicou o tenente-coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação da corporação.
O número de policias militares envolvidos na operação não foi informado. “Eu tenho a ordem para continuar, desde o início da Copa, sem divulgar o número de militares em cada região da cidade para não atrapalhar na estratégia. O que posso falar é que temos 13 mil homens e mulheres para serem remanejados”, afirma o tenente-coronel.
O protesto foi marcado pelo aplicativo de troca de mensagens WhatsApp. Um vídeo começou a circular pela rede social depois da derrota vexatória do Brasil contra a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo. Nas imagens, vários torcedores aparecem com cartazes enquanto o homem narra um texto com críticas ao país. No final, ele afirma que o ato é contra a corrupção, manipulação e o sistema.
Além de Belo Horizonte, o protesto foi convocado, também, para São Paulo, Brasília, e o Rio de Janeiro. Na capital carioca, palco da grande final entre Alemanha e Argentina, a manifestação terminou em confusão. Policiais militares dispersaram com uso de bombas de gás e de efeito moral o protesto que acontecia na Praça Saens Peña. Os manifestantes pretendiam seguir em direção ao Estádio Maracanã, mas foram impedidos por um forte esquema de segurança. Os policiais contaram com auxílio de homens da Força Nacional e bloquearam todas as ruas no entorno da praça, para impedir que os manifestantes se desloquem. Pelo menos cinco pessoas foram detidas e dezenas foram agredidas com golpes de cassetetes e pontapés.
De acordo com a Coronel Cláudia Romualdo, comandante do Comando de Policiamento da Capital , a Polícia Militar vai fazer na próxima semana um balanço das ações da PM durante a Copa. Para a militar, as primeiras impressões a atuação policial foi positiva. Sobre a ação de hoje, garante que o policiamento será mantido 24 horas na cidade, mas que, aos poucos, o efetivo empenhado para a suposta manifestação será diminuído.