Jornal Estado de Minas

Garçom acusado de integrar Bando da Degola é julgado nesta segunda-feira

O júri acontece no Fórum Lafayette. Estava previsto também o júri do ex-cabo da Polícia Militar André Luiz Bartolomeu, mas houve desmembramento do processo

Luana Cruz
Começou a ser julgado na manhã desta segunda-feira o garçom Adrian Gabriel Grigorcea, membro do Bando da Degola, grupo responsável pelo assassinato de dois empresários em abril de 2010, no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Estava previsto também o júri do ex-cabo da Polícia Militar André Luiz Bartolomeu, envolvido no mesmo crime, mas a sessão para ele foi adiada a pedido da defesa, que solicitou mais tempo para preparação.

O juiz Glauco Soares Fernandes, que preside o julgamento, decidiu pelo desmembramento do processo e o ex-PM sentará no banco dos réus somente em 29 de janeiro de 2015. O réu continuará preso até o dia da sessão, no ano que vem.

Na audiência de hoje, o representante do Ministério Público é o promotor Francisco de Assis Santiago. A defesa do réu é feita pelo advogado Hudson de Oliveira Cambraia. De acordo com o Fórum Lafayette, a sessão foi aberta às 9h54 e apenas uma testemunha será ouvida no júri. Grigorcea será julgado por um Conselho de Sentença formado por cinco mulheres e dois homens, conforme sorteio.
Ele é acusado de atrair as vítimas para o apartamento onde ocorreram as mortes.

Os crimes contra os dois empresários, Fabiano Ferreira Moura, 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, aconteceram em 7 e 9 de abril de 2010, em um apartamento. Para dificultar a identificação, o grupo decapitou e retirou os dedos das vítimas. Os membros foram enrolados em lonas plásticas e queimados numa estrada de terra em Nova Lima, região metropolitana. As cabeças e os dedos nunca foram encontrados.

Três envolvidos nos crimes brutais já foram condenados. O ex-estudante de direito Frederico Flores, apontado como líder do grupo, está condenado a 39 anos de prisão por de homicídio, ocultação de cadáver, extorsão, formação de quadrilha, sequestro e cárcere privado. O ex-estudante, Arlindo Soares Lobo, foi sentenciado a 44 anos de reclusão e o ex-policial, Renato Mozer, condenado a 59 anos..