Em cerca 20 minutos, dois assaltantes levaram mais do que parte do patrimônio de um casal de idosos na Rua Palmira, no Bairro Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
No caso de domingo, o arrombamento só foi percebido no fim da tarde, sete horas depois. “Quando minha irmã chegou, o portão, a porta da frente e todas as outras que dão acesso aos quartos estavam arrombados. Ela entrou no quarto e percebeu que tinham levado as joias e o dinheiro”, contou a irmã da vítima. “A gente quer acreditar na polícia e espera que esses bandidos sejam presos e o patrimônio recuperado”, afirmou. Segundo ela, a irmã está muito abalada e ontem, depois de passar mal, precisou ser levada para o hospital.
A casa tem sistema de monitoramento interno e toda a ação dos bandidos foi filmada. Ontem, uma equipe de investigadores do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp) analisou as imagens na tentativa de identificar os assaltantes e entender a dinâmica do crime. “São várias as quadrilhas que atuam em Belo Horizonte. Os bandidos preferem sempre joias e dinheiro porque são fáceis de levar e não chamam atenção no momento da fuga”, disse um policial à funcionária pública, ao explicar porque a quadrilha não levou eletroeletrônicos e celulares. “Além do mais, aparelhos como iPads e smartphones são rastreáveis”, afirmou o investigador.
Assim como a família da Rua Palmira, também aguardam o resultado da apuração policial vítimas de outros assaltos e furtos na Região Centro-Sul. Ainda na Serra, na Rua Angustura, um desembargador teve prejuízo de R$ 1 milhão, depois que ladrões invadiram sua casa no dia 6. No dia 17, foi a vez de um juiz ser surpreendido por bandidos, que levaram US$ 5 mil em dinheiro, aparelhos eletrônicos, uma pistola e munição. Entre os casos mais recentes, o único que resultou na prisão dos criminosos e na recuperação dos pertences foi o ocorrido no Bairro Mangabeiras, em 17 de junho. Mais de R$ 1 milhão em dinheiro, joias e bebidas foram levados por assaltantes enquanto a família estava fora.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, todos os casos estão sendo apurados pelo Deoesp. A Polícia Militar foi procurada para falar sobre a segurança, mas nenhum representante do Comando de Policiamento da Capital (CPC) foi encontrado ontem..