O projeto de arquitetura vencedor do concurso promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para a construção do Centro Administrativo da capital foi apresentado nesta terça-feira. O prédio será erguido no estacionamento da rodoviária, na Praça Rio Branco, no Centro, e terá 75 mil metros quadrados, 18 andares e vai abrigar entre 8 mil a 10 mil servidores municipais. A proposta vencedora é do arquiteto Gustavo Penna, escolhida em meio a 80 outras de profissionais de todo o país.
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Os principais requisitos do projeto são privilegiar o uso do transporte coletivo, embelezar a Região Central e recuperar um eixo importante da Avenida Afonso Pena do empreendimento, que ainda não tem data do início da construção.
Apesar do porte da nova sede do poder público municipal, o espaço terá apenas 300 vagas de estacionamento. Isso porque a intenção da PBH é estimular o uso do transporte coletivo. O atual prédio da rodoviária funcionará como terminal de integração de modais e será a principal área de integração do transporte público.
De acordo com o secretário Municipal de planejamento e gestão, Vítor Valverde, já foi publicado o processo de manifestação de interesse (PMI), por meio do qual a prefeitura vai conhecer possíveis parceiros. Está também em elaboração o plano de operação do Centro Administrativo, que vai prever o funcionamento da nova sede do administrativo municipal e o que será estabelecida na parceria público privada (PPP), modalidade escolhida para dar andamento à obra.
Estimado em, no máximo, R$ 450 milhões o prédio terá ciclovias e ligação com o terminal rodoviário. A estação do metrô da linha 3 (Savassi/Lagoinha), estacionamentos e auditório serão construídos no subsolo, embaixo da Praça Cívica, um espaço para uso da população e acesso ao terminal rodoviário e ao prédio do Centro Administrativo.
Dentro do projeto também está prevista a revitalização do entorno da Praça Rio Branco. Pela proposta, um parque urbano sairá da rodoviária, passando pela Lagoinha, até a Praça do Peixe, no bairro Bonfim, na Região Noroeste de BH. A intenção é que o pedestre saia da Praça Rio Branco e vá a pé até a Lagoinha, sem a necessidade de cruzar ruas.
A proposta vencedora não é a versão definitiva. Será preciso elaborar ainda um projeto básico e um executivo. A comissão julgadora recomendou a revisão de alguns pontos, como circulação, pavimentos, acesso ao metrô e aos estacionamentos, o detalhamento da estrutura de passarelas e ciclovias, da circulação de veículos no entorno e o desenvolvimento de um sistema de controle de segurança.
Com informações de Júnia Oliveira.