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Estado de Minas

Desabamento de viaduto destruiu vidas e sonhos


postado em 23/07/2014 06:00 / atualizado em 23/07/2014 07:13

(foto: Reproducao da Facebook )
(foto: Reproducao da Facebook )
O desabamento da alça sul do viaduto pôs fim ao sonho da motorista Hanna Cristina Santos, de 24 anos, de decorar o quarto de sua filha, Ana Clara, de 5. Quando a estrutura despencou, Hanna, que dirigia o micro-ônibus da linha S70 (Conjunto Felicidade/Shopping Del Rey), sentido bairro/Centro, conseguiu frear e jogar o veículo para a direita, minimizando o impacto e salvando vidas. Entre os ocupantes do coletivo, estava Ana Clara, que foi jogada para o lado pela condutora. Há relatos também de que a motorista teria dado a preferência para que um ônibus do Move, com vários passageiros, passasse pelo local segundos antes da queda estrutura.

O ônibus era a base de sustento da família de Hanna, já que além dela, seu irmão dirigia o veículo e sua cunhada e irmã trabalhavam de cobradoras. O coletivo pertencia à família. A jovem era habilitada para dirigi-lo e sonhava em comprar um carro este ano. No dia 3, por volta das 15h, a queda do viaduto provocou a morte dela e ainda do assistente de serviços gerais Charlys Frederico Moreira do Nascimento, de 25, que seguia em um Fiat Uno ao lado do ônibus. A tragédia ainda deixou 23 pessoas feridas.

Morador de Lagoa Santa, na região metropolitana, Charlys seguia para um ponto de ônibus em que encontraria a companheira Cristilene Pereira Leme. Ela saiu mais cedo do serviço, pois o casal iria realizar o sonho de comprar um carro novo. Cristilene, depois de ligar para o companheiro, sem que ele atendesse, seguiu até o local do acidente e constatou o pior. Ela acompanhou por mais de 15 horas a retirada do corpo dentro do veículo esmagado pela estrutura de concreto.

A queda da alça transformou a vida dos vizinhos do viaduto também. Entre os mais afetados, estão os moradores do Residencial Antares, bem ao lado da estrutura. No período de obras de alargamento da avenida e construção do elevado, a vizinhança já reclamava dos transtornos. Depois do acidente, foram constatados danos estruturais na área externa e nos apartamentos. E agora, com a demolição da alça norte, o clima é de apreensão diante dos novos impactos que podem ser causados. (LH)


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