Proposta aprovada ontem pela 4ª Conferência Municipal de Política Urbana prevê a construção de estacionamentos público-privados em Belo Horizonte.
Para o autor da proposta, o vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Marco Antônio Gaspar, que é do setor empresarial do Conselho Municipal de Políticas Urbanas (Compur), a medida combateria a carência de estacionamentos nas áreas comerciais. “Ganharia a cidade com um fluxo de veículos maior nas vias, ganharia o comércio, que teria mais vagas para o cliente estacionar. Os coletivos seriam mais rápidos com mais vias exclusivas”, defendeu Gaspar. Todo o custo da obra seria do empreendedor, em troca de uma capacidade construtiva maior. “O máximo de coeficiente construtivo dentro dos limites da Avenida do Contorno é de quatro e eles vão ter cinco”, disse.
Comos rotativos dentro dos edifícios, segundo Marco Antônio, haverá uma fiscalização maior do que na rua.
PBH TEM RESTRIÇÕES A gerente de coordenação e gestão de instrumentos de política pública da Prefeitura de Belo Horizonte, a arquiteta Gisella Lobato, considera alto o coeficiente de ocupação cinco para estacionamentos público-privados. “Hoje temos na proposta da prefeitura que grandes equipamentos de uso coletivo, como universidades e hospitais, tenham o coeficiente quatro. Vincular um coeficiente cinco em qualquer região da cidade não é o adequado. A proposta prevê a implantação dos prédios de estacionamento em qualquer local, sem uma análise prévia e sem avaliar a capacidade de suporte da área.”, afirma Gisella.
No próximo sábado, será concluída a votação das 532 propostas feitas pelos setores empresarial, técnico e popular, além do município, para nortear o zoneamento e projetos para Belo Horizonte..