Jornal Estado de Minas

Presa quadrilha suspeita de homicídios e explosões de caixas eletrônicos em Pitangui

Uma quadrilha que aterrorizava Pitangui, na Região Central de Minas Gerais, foi presa pela Polícia Civil e apresentada na tarde desta segunda-feira. As investigações apontam que o grupo vivia em brigas com rivais pela disputa do comando do tráfico de drogas no município. Pelo menos um assassinato e duas tentativas de homicídios foram provocadas pelos criminosos. Eles também são suspeitos de explosão de caixas eletrônicos. Um manual que mostra como produzir e manusear explosivos foi encontrado com um deles. Dois dos integrantes da organização criminosa saíram da capital mineira e foram para a cidade. Um deles, segundo a delegada Jeneffer Caldeira Adomiram, responsável pelo caso, é apontado como autor de 30 homicídios.



As investigações começaram há quatro meses por equipes da delegacia de Pitangui depois que uma pessoa foi assassinada e outras duas foram feridas a tiros. A polícia conseguiu identificar os membros do grupo e pediu mandados de prisão e de busca e apreensão à Justiça. Na última sexta-feira, durante uma operação, cinco homens foram presos. “Chegamos até eles depois de cruzarmos os vínculos de cada um. O grupo vivia em guerra pela disputa do comando da criminalidade na cidade”, contou a delegada.

Foram presos Daniel Teófilo, o Bola, apontado como o líder do grupo, Elton Galdino, Philippe da Silva Ribeiro, Lucas Pelegrino e Ulisses Lima Rocha. Além deles, um outro homem,Reinaldo Pereira Santos, que estava hospedado na casa de um dos suspeitos, acabou detido. Ele tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas na cidade de Nova Serrana.

Na casa dos criminosos foram encontrados três revólveres calibre 38, munição de diversos calibres, balança de precisão e uma pequena quantidade de maconha. Os homens também são suspeitos de explodirem caixas eletrônicos na cidade. Um manual com informações sobre como manusear e produzir explosivos foi apreendido. “Tivemos alguns casos de ataques a terminais, mas ainda não conseguimos investigar a fundo esses crimes. Eles são suspeitos, pois encontramos o manual, pé de cabra e produtos químicos usados para produzir explosivos”, comenta a delegada Jeneffer Adomiram.

Entre os homens presos, dois deles, Lucas Pelegrino e Ulisses Rocha, saíram da capital mineira recentemente e foram para a cidade. “O Ulisses atuava no Alte Vera Cruz. Ele é investigado por mais de 30 homicídios e seria um homem forte no tráfico de drogas. Ele chegou a ser condenado a 36 anos prisão por causa de um assassinato em 2006, mas fugiu da cadeia em 2012”, conta a delegada.

As investigações, conforme Adomiram, vão continuar para tentar encontrar outros homens que integram a quadrilha. Os presos seguem na cadeia da cidade.



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