Jornal Estado de Minas

Preso um dos maiores arrombadores de banco de Minas

Suspeito já invadiu pelo menos 44 agências na capital, segundo Polícia Civil, e trocava dinheiro roubado por crack

Rafael Passos Guilherme Paranaiba
Aldair foi preso em um pensão na capital - Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press
A Polícia Civil pôs fim à ação de um homem considerado um dos maiores arrombadores de banco de Minas Gerais. De acordo com as investigações, pelos menos 44 agências foram alvo de Aldair José Souza, de 39 anos, sendo que muitas delas estão localizadas no Centro de Belo Horizonte e nos bairros de Lourdes e Savassi, Região Centro-Sul da capital.

Souza foi apresentado nesta terça-feira, em BH, e a polícia descobriu que o suspeito agia sempre da mesma forma. Sem se importar com câmeras de monitoramento e alarme, o homem arrombava as portas de vidro dos bancos e furtava computadores e televisores. Os equipamentos eram vendidos por valores muito abaixo dos praticados no mercado e, com o valor arrecadado, Aldair comprava crack.

Os crimes eram praticados em um intervalo de três a oito minutos e a movimentação do suspeito era registrada pelo sistema de circuito interno dos bancos. O suspeito começou a ser investigado em 31 de maio deste ano e foi preso em 19 de julho, em uma pensão que abriga usuários de crack, no Bairro Bonfim, na Região Noroeste da capital. Neste período, Aldair chegou a arrombar duas agências no mesmo dia.

Aldair já foi preso pela Polícia Federal (PF) por furto qualificado, sendo condenado a 10 anos de reclusão. Entretanto, no ano passado, ele conseguiu o benefício da prisão domiciliar. Souza chegou a usar o nome de um irmão, que não tem antecedentes criminais, em abordagens policiais.

Outro suspeito

Márcio Cosme Cruz da Silva, de 33, também foi apresentado nesta terça, junto com Aldair.
Silva é suspeito de arrombar pelo menos 14 agências do Banco Itaú na capital e lojas de informática na região de Venda Nova. Márcio foi preso em 15 de julho, sendo que dois dias antes ele furtou um estabelecimento na Avenida Bias Forte, no Bairro de Lourdes, em companhia de um comparsa. Durante a fuga, o homem deixou o documento de identidade para trás, o que ajudou a Polícia Civil a localizá-lo. As investigações mostram que os crimes praticados por Aldair Souza e Márcio da Silva não têm relação.

Vídeo: bancos flagraram a ação dos suspeitos em BH

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