A jovem Marília Cristiane Gomes, de 19 anos, que confessou ter matado o filho Keven Gomes Sobral, de 2, e escondido o corpo dele em um sofá, foi transferida para o Complexo Penitenciário Estêvão Pinto, no Bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte. O motivo da mudança seria a revolta de presas do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul, onde ela estava.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) confirmou a transferência da detenta, que aconteceu nessa terça-feira. Na nova cadeia, Marília foi colocada em uma cela separada para garantir sua integridade física. Segundo a Seds, o procedimento é de praxe e acontece com todas as detentas envolvidas em crimes de repercussão.
A morte do garoto Keven causou revolta e comoção. O crime aconteceu na última quinta-feira em Ibirité, na Grande BH. Neste dia, Marília chamou a polícia, dizendo que o filho havia desaparecido de casa.
No dia seguinte, o Corpo de Bombeiros foi acionado e fez buscas pelo garoto. Alguns militares arrombaram a casa onde Keven estava, mas o corpo não foi encontrado. No domingo, a criança foi encontrada morta depois que a tia dela, Lucimeire de Souza Antunes, de 21, chegou em casa e notou um cheiro forte vindo do sofá. Ela chamou o pai do menino, que encontrou o corpo.
A equipe da Delegacia de Homicídios da cidade assumiu o crime na segunda-feira. Os investigadores foram até o Instituto Médico Legal (IML) de Betim, onde o corpo foi levado, e começaram a estranhar a atitude da mãe, que se mostrava tranquila. Marília foi chamada para a delegacia para prestar depoimento. Em suas oitivas, apresentou várias contradições, e, conforme as investigações, tirava de si a responsabilidade. Ao notar que a polícia já suspeitava de seus depoimentos, a mulher acabou confessando.
Nervosismo por causa do celular
O passo a passo do crime foi revelado pelo delegado Davi Batista, da 9ª Delegacia de Homicídios de Ibirité, em entrevista coletiva realizada nessa terça-feira. “Ela diz que o menino estava dormindo e quando se levantou mexeu no celular. O aparelho caiu e o garoto deu um tapa na mão dela quando foi pegar o telefone”, conta o delegado delegado Davi Batista, da 9ª Delegacia de Homicídios de Ibirité. Foi nesta hora que Marília perdeu a cabeça e cometeu o crime.
Durante o depoimento, a mulher contou que o garoto começou a mudar de cor e notou uma espuma branca na boca dele. Como ficou com medo de ser linchada e presa, não contou para ninguém sobre o caso. Para tentar se livrar da criança, pegou-a no colo e a levou até a casa vizinha, que pertence aos cunhados. Lá, pegou um lençol, enrolou o corpo e tirou o forro do sofá. Depois de colocar o menino na madeira, voltou a colar o forro do móvel. .