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Estado de Minas

Mãe que matou filho e escondeu corpo em sofá é transferida e colocada em cela individual

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que o procedimento é de praxe e acontece com todas as detentas envolvidas em crimes de repercussão


postado em 30/07/2014 18:23 / atualizado em 30/07/2014 19:11

Em coletiva, a mulher se mostrou arrependida e disse que não tinha a intenção de matar o filho(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Em coletiva, a mulher se mostrou arrependida e disse que não tinha a intenção de matar o filho (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

A jovem Marília Cristiane Gomes, de 19 anos, que confessou ter matado o filho Keven Gomes Sobral, de 2, e escondido o corpo dele em um sofá, foi transferida para o Complexo Penitenciário Estêvão Pinto, no Bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte. O motivo da mudança seria a revolta de presas do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul, onde ela estava.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) confirmou a transferência da detenta, que aconteceu nessa terça-feira. Na nova cadeia, Marília foi colocada em uma cela separada para garantir sua integridade física. Segundo a Seds, o procedimento é de praxe e acontece com todas as detentas envolvidas em crimes de repercussão.

A morte do garoto Keven causou revolta e comoção. O crime aconteceu na última quinta-feira em Ibirité, na Grande BH. Neste dia, Marília chamou a polícia, dizendo que o filho havia desaparecido de casa. Ela contou que estava lavando roupas enquanto o menino dormia e criou uma história de que ele havia sumido.

No dia seguinte, o Corpo de Bombeiros foi acionado e fez buscas pelo garoto. Alguns militares arrombaram a casa onde Keven estava, mas o corpo não foi encontrado. No domingo, a criança foi encontrada morta depois que a tia dela, Lucimeire de Souza Antunes, de 21, chegou em casa e notou um cheiro forte vindo do sofá. Ela chamou o pai do menino, que encontrou o corpo.

A equipe da Delegacia de Homicídios da cidade assumiu o crime na segunda-feira. Os investigadores foram até o Instituto Médico Legal (IML) de Betim, onde o corpo foi levado, e começaram a estranhar a atitude da mãe, que se mostrava tranquila. Marília foi chamada para a delegacia para prestar depoimento. Em suas oitivas, apresentou várias contradições, e, conforme as investigações, tirava de si a responsabilidade. Ao notar que a polícia já suspeitava de seus depoimentos, a mulher acabou confessando.

Nervosismo por causa do celular

O passo a passo do crime foi revelado pelo delegado Davi Batista, da 9ª Delegacia de Homicídios de Ibirité, em entrevista coletiva realizada nessa terça-feira. “Ela diz que o menino estava dormindo e quando se levantou mexeu no celular. O aparelho caiu e o garoto deu um tapa na mão dela quando foi pegar o telefone”, conta o delegado delegado Davi Batista, da 9ª Delegacia de Homicídios de Ibirité. Foi nesta hora que Marília perdeu a cabeça e cometeu o crime. “Nervosa, conta que pegou as duas mãos da criança e a arremessou com força na cama do casal. O menino bateu a cabeça na parede e desmaiou."

Durante o depoimento, a mulher contou que o garoto começou a mudar de cor e notou uma espuma branca na boca dele. Como ficou com medo de ser linchada e presa, não contou para ninguém sobre o caso. Para tentar se livrar da criança, pegou-a no colo e a levou até a casa vizinha, que pertence aos cunhados. Lá, pegou um lençol, enrolou o corpo e tirou o forro do sofá. Depois de colocar o menino na madeira, voltou a colar o forro do móvel.


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