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Estado de Minas

Em Minas, 70% do tráfico humano tem ligação com o trabalho escravo

Pirulito da Praça Sete está iluminado de azul para comemorar o combate ao crime


postado em 30/07/2014 21:15 / atualizado em 30/07/2014 21:55

Pirulito foi iluminado na noite desta quarta-feira(foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press)
Pirulito foi iluminado na noite desta quarta-feira (foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press)

No dia em que se comemora o enfrentamento ao tráfico de pessoas, um dado divulgado pela Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) nesta quarta-feira chama a atenção. O trabalho escravo ainda configura 70% dos casos em Minas Gerais. O Programa de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas teve início em 2011, e desde então, já foram detectadas 44 situações, envolvendo 385 vítimas com possíveis indícios de tráfico humano. Para lembrar a data, o obelisco, no Centro da cidade, popularmente conhecido como Pirulito da Praça Sete, está iluminado de azul.

De acordo com Flávia Gotelip, coordenadora do programa, os números são mais extensos e tendem a aumentar. “Nós sabemos que a proporção é muito maior. Esses dados são apenas dos últimos dois anos, e eles vêm crescendo cada vez mais. Por isso é tão importante conscientizar as pessoas sobre a importância de denunciar”, enfatiza.

A maioria dos casos investigados nos últimos dois anos no programa em Minas tem ligação com o trabalho escravo. Em algumas vezes, as vítimas chegam a ser agredidas. “Elas não são acorrentadas como antigamente, mas ainda existe engano de contrato, abuso de autoridade e violência por parte dos exploradores. Teve um caso em que uma van transportou 35 homens em condições críticas”, conta Flávia Gotelip, coordenadora do Programa de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

De acordo com Flávia, os números são mais extensos e tendem a aumentar. “Nós sabemos que a proporção é muito maior. Esses dados são apenas dos últimos dois anos, e eles vêm crescendo cada vez mais. Por isso é tão importante conscientizar as pessoas sobre a importância de denunciar”, enfatiza.

Allém de Belo Horizonte, participam da campanha Coração Azul, lançada pela ONU, outros monumentos nacionais, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e a estufa do Jardim Botânico, em Curitiba, também foram iluminados de azul.

Nesta quinta, as ações continuam pela capital mineira. Às 14h30 haverá um Cine Club comentado no Instituto Izabela Hendrix. Na sexta, acontece uma reunião extraordinária do Comitê Interistitucional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas para balanço das atividades desde abril de 2013.


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