O juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro acatou o pedido e marcou o julgamento para 9 de outubro. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) agora vai apreciar a mudança de comarca do processo.
O promotor argumentou que comunicados da classe médica na imprensa local fizeram um bombardeio sobre o júri. Assim, os jurados poderiam ser influenciados ou ameaçados. Ele acrescentou que os jurados não dispõem de proteção. O desforamento só poder ser feito para BH, pois Poços de Caldas é a maior comarca da região.
Na denúncia consta que os quatro médicos usaram uma central de transplantes clandestina para retirar rins e córneas do menino, antes que tivesse ocorrido sua morte encefálica. Eles respondem por homicídio qualificado e remoção de órgãos em desacordo com a Lei de Transplantes.
Sobre esse mesmo caso, já estão condenados os médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e o anestesista Sérgio Poli Gaspar. Eles tiveram o benefício de responder o processo em liberdade, por meio de um habeas corpus, e deixaram a cadeia em maio deste ano. O juiz Narciso de Castro condenou os três respectivamente a 18, 17 e 14 anos de prisão em fevereiro de 2013, pela morte do garoto, que ocorreu em 2000..