A Santa Casa BH iniciou campanha nas redes sociais para a manutenção das atividades da Maternidade Hilda Brandão, inaugurada há 98 anos. Com o slogan “A Maternidade da Santa Casa BH não pode fechar!” e a hashtag “#vivamaternidade”, a campanha busca sensibilizar a sociedade civil e o poder público para a importância da unidade. O Estado de Minas mostrou na semana passada que o hospital está em crise.
Depois de a Santa Casa de São Paulo anunciar o fechamento do seu pronto-socorro, a Santa Casa de BH informou que a realidade da instituição mineira não é diferente das outras instituições filantrópicas do país. Com 1.085 leitos exclusivos para atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), 5 mil funcionários e uma dívida tributária de cerca de R$ 200 milhões, o hospital afirmou, em nota, que os valores repassados através de contratos como SUS “não são suficientes para cobrir o custo operacional da instituição”.
Segundo a Santa Casa de BH, o seu Centro de Especialidades Médicas, que realiza cerca de 50 mil procedimentos por mês entre consultas e exames, apresenta resultados financeiros deficitários nos últimos anos. Em funcionamento no 11º andar da Santa Casa BH, a Maternidade Hilda Brandão é especializada em atendimento de alto risco – como má formação cardíaca – e realiza, em média, 330 partos por mês para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a Santa Casa BH tem incorporado um prejuízo anual da maternidade de R$ 10 milhões, pois os repasses de verbas e incentivos são insuficientes para financiar os serviços prestados.
A perda da maternidade para BH é muito significativa. Atualmente, seis maternidades da capital atendem pelo SUS, além da Santa Casa.
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