No mesmo dia em que começaram as escavações no entorno do pilar da alça sul do Viaduto Batalha dos Guararapes, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), disse que ainda não está decidido se a alça norte do elevado, projetado para ligar os bairros Planalto (Norte) e São João Batista (Venda Nova), será demolida. Lacerda garantiu não haver uma decisão por destruição ou recuperação da estrutura que permanece em pé. As declarações foram dadas ontem durante anúncio da construção de 14 novas Unidades Municipais de Ensino Infantil (Umeis) na capital. Segundo o prefeito, há três dias houve contato com representantes da Polícia Civil e do Ministério Público e recomendação para aguardar o avanço dos trabalhos de perícia antes de decidir pela implosão do elevado. Amanhã faz um mês que a alça sul desabou sobre a Avenida Pedro I, matando duas pessoas e ferindo 23.
Lacerda também afirmou que o Viaduto Montese, que em fevereiro teve um deslocamento lateral de 27 centímetros e precisou ser interditado, será submetido a um teste de cargas antes da liberação para o tráfego de veículos. Há duas semanas, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) havia informado que ainda estavam em fase de finalização as obras de sinalização viária, iluminação, retificação de meio fio e passeio e remanejamento de adutora da Copasa para que o trânsito pudesse ser liberado no viaduto. Não foram fornecidos detalhes sobre o teste e nem a data prevista.
Depois da Cowan, construtora responsável pelo Batalha dos Guararapes, anunciar que a alça norte poderia cair a qualquer momento, a prefeitura encomendou um estudo para demolição, mas, ontem, Lacerda cogitou até mesmo a possibilidade de recuperar a estrutura se realmente houver a necessidade. “Nesse momento nós estamos trabalhando afinados com a polícia técnica para que o trânsito seja liberado e para que o viaduto seja recuperado ou demolido após a liberação da perícia. Estamos preparando um processo de demolição, mas que só será acionado se essa for a conclusão final”, afirma o prefeito.
Se a decisão da PBH é aguardar o fim dos trabalhos de perícia, a previsão é que a indefinição sobre o futuro dos moradores que foram transferidos de três prédios dos residenciais Antares e Savana para um hotel no Bairro São Cristóvão, Noroeste de BH, dure pelo menos mais 30 dias. Esse é o prazo contado pela Polícia Civil a partir de ontem, quando começaram as escavações no entorno do pilar que afundou cerca de seis metros, para os peritos construírem um laudo sobre as causas do desabamento, principal peça do inquérito que apura as responsabilidades do caso.
O procedimento, coordenado por policiais civis e peritos da Seção Técnica de Engenharia Legal do Instituto de Criminalística, está sendo feito por técnicos da construtora responsável pela obra, Cowan, que ontem usaram duas máquinas escavadeiras. Os funcionários irão fazer um buraco de aproximadamente 3,5 metros de profundidade. A análise do pilar e da estrutura de fundação é considerada fundamental para apurar as causas da queda do elevado.
A advogada Ana Cristina Drumond, que representa os moradores do entorno do viaduto, diz que está difícil conviver com a falta de solução para o problema. “Esse viaduto já está condenado. Quem vai querer passar embaixo ou em cima? Acho que demolir é uma questão lógica”, afirma. Ela critica o fato de os moradores não terem conhecimento do que está ocorrendo. “Quem mora nos prédios não sabe em que acreditar porque a cada hora fala-se uma coisa”, completa.
MINISTÉRIO PÚBLICO O Ministério Público confirmou que representantes do órgão, em reunião com o prefeito, destacaram a importância da preservação da alça norte do viaduto, até que se concluam os trabalhos dos peritos de engenharia legal do Instituto de Criminalística. Segundo o MP, se comprovadas irregularidades na obra, os responsáveis podem responder criminalmente, conforme prevê o artigo 92 da Lei nº 8.666 de 21 de Junho de 1993 (Lei de licitações), que estabelece pena de dois a quatro anos de prisão, mais multa para quem “possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem” na execução dos contratos celebrados com o Poder Público.
Lacerda também afirmou que o Viaduto Montese, que em fevereiro teve um deslocamento lateral de 27 centímetros e precisou ser interditado, será submetido a um teste de cargas antes da liberação para o tráfego de veículos. Há duas semanas, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) havia informado que ainda estavam em fase de finalização as obras de sinalização viária, iluminação, retificação de meio fio e passeio e remanejamento de adutora da Copasa para que o trânsito pudesse ser liberado no viaduto. Não foram fornecidos detalhes sobre o teste e nem a data prevista.
Depois da Cowan, construtora responsável pelo Batalha dos Guararapes, anunciar que a alça norte poderia cair a qualquer momento, a prefeitura encomendou um estudo para demolição, mas, ontem, Lacerda cogitou até mesmo a possibilidade de recuperar a estrutura se realmente houver a necessidade. “Nesse momento nós estamos trabalhando afinados com a polícia técnica para que o trânsito seja liberado e para que o viaduto seja recuperado ou demolido após a liberação da perícia. Estamos preparando um processo de demolição, mas que só será acionado se essa for a conclusão final”, afirma o prefeito.
Se a decisão da PBH é aguardar o fim dos trabalhos de perícia, a previsão é que a indefinição sobre o futuro dos moradores que foram transferidos de três prédios dos residenciais Antares e Savana para um hotel no Bairro São Cristóvão, Noroeste de BH, dure pelo menos mais 30 dias. Esse é o prazo contado pela Polícia Civil a partir de ontem, quando começaram as escavações no entorno do pilar que afundou cerca de seis metros, para os peritos construírem um laudo sobre as causas do desabamento, principal peça do inquérito que apura as responsabilidades do caso.
O procedimento, coordenado por policiais civis e peritos da Seção Técnica de Engenharia Legal do Instituto de Criminalística, está sendo feito por técnicos da construtora responsável pela obra, Cowan, que ontem usaram duas máquinas escavadeiras. Os funcionários irão fazer um buraco de aproximadamente 3,5 metros de profundidade. A análise do pilar e da estrutura de fundação é considerada fundamental para apurar as causas da queda do elevado.
A advogada Ana Cristina Drumond, que representa os moradores do entorno do viaduto, diz que está difícil conviver com a falta de solução para o problema. “Esse viaduto já está condenado. Quem vai querer passar embaixo ou em cima? Acho que demolir é uma questão lógica”, afirma. Ela critica o fato de os moradores não terem conhecimento do que está ocorrendo. “Quem mora nos prédios não sabe em que acreditar porque a cada hora fala-se uma coisa”, completa.
MINISTÉRIO PÚBLICO O Ministério Público confirmou que representantes do órgão, em reunião com o prefeito, destacaram a importância da preservação da alça norte do viaduto, até que se concluam os trabalhos dos peritos de engenharia legal do Instituto de Criminalística. Segundo o MP, se comprovadas irregularidades na obra, os responsáveis podem responder criminalmente, conforme prevê o artigo 92 da Lei nº 8.666 de 21 de Junho de 1993 (Lei de licitações), que estabelece pena de dois a quatro anos de prisão, mais multa para quem “possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem” na execução dos contratos celebrados com o Poder Público.