Jornal Estado de Minas

Bola vai a júri popular por mortes de jovens em sítio usado para treinamento de policiais

Condenado pelo assassinato de Eliza Samudio, Marcos Aparecido volta a enfrentar o tribunal por crime cometido em 2008. Outros três ex-policiais também vão sentar no banco dos réus

Em entrevista exclusiva a TV Alterosa, Bola voltou a negar o assassinato de Eliza Samudio - Foto: Reprodução/TV Alterosa


O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor de Eliza Samudio, será submetido a novo júri popular. Ele e outros ex-policiais, que também serão julgados, são acusados de assassinarem dois homens, em maio de 2008, no centro de treinamento do Grupo de Respostas Especiais (GRE) da Polícia Civil, em Esmeraldas, na Grande BH. Os acusados responderão por homicídio, tortura, seqüestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e peculato.

 

A decisão de levar os réus a júri popular é da juíza Cirlaine Maria Guimarães, da comarca de Esmeraldas, e foi tomada nesta segunda-feira. Ainda não há data prevista para o julgamento. 

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Marcos Aparecido dos Santos e os três policiais abordaram as vítimas, que estavam em um veículo nas proximidades do centro de treinamento da Polícia Civil. Os réus consideraram a dupla suspeita e os esquartejaram. Familiares registraram o desaparecimento das vítimas em maio de 2008 e um ano depois, uma denuncia anônima afirmou que os quatro ex-policiais foram os autores do crime.

Em abril de 2013, Bola foi condenado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio e pela ocultação do cadáver da ex-amante do goleiro Bruno. A pena determina 19 anos de reclusão em regime fechado e mais três anos de prisão em regime aberto.

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