O rompimento do bloco é tarefa delicada, segundo já afirmou o diretor do Instituto de Criminalística, Marco Paiva. “Esse trabalho terá que ser feito quase manualmente, para que vejamos as tramas de ferragem”, disse. Essa etapa, assim como as escavações, é executada pela Cowan, sob coordenação da Seção Técnica de Engenharia Legal do instituto. Não foram informados detalhes de como o serviço será feito nem quando terminará.
A análise do pilar, do bloco e das estacas gerará um laudo técnico, que tem 30 dias para ficar pronto a contar de sexta-feira, quando as escavações começaram. Esse parecer é a principal peça do inquérito coordenado pelo delegado regional de Venda Nova, Hugo e Silva. Ele disse ontem que planejava formalizar à Justiça um pedido de prorrogação do prazo para término da investigação, que deveria ter sido concluída domingo, 30 dias após ter começado, em 3 de julho, dia do desabamento que matou duas pessoas e feriu 23.
Laudos
Um laudo não oficial encomendado pela Cowan, divulgado em 22 de julho, afirma que o bloco que se partiu sob o pilar foi projetado como rígido, o que fez a quantidade de aço calculada para sua composição ser inferior ao ideal. Segundo o relatório, o projeto executivo definia 50,3 centímetros quadrados de aço na composição dessa peça, enquanto o necessário seriam 879,3 centímetros quadrados, nos cálculos de Catão Francisco Ribeiro, autor do parecer contratado pela construtora. A Consol nega que tenha cometido equívocos. O diretor do Instituto de Criminalística, Marco Paiva, confirmou que a estrutura foi concebida como rígida, mas disse não ter condições de avaliar se essa foi uma escolha errada.
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