Jornal Estado de Minas

Recuperação da alça norte de viaduto em BH pode demorar até seis meses, diz prefeito

A estrutura está interditada desde a queda da alça sul, tragédia que causou a morte de duas pessoas

Luana Cruz Flávia Ayer
O prefeito Marco Lacerda falou na manhã desta terça-feira sobre a previsão de solução para a alça norte do Viaduto Batalha dos Guararapes.
A estrutura está interditada desde a queda da alça sul, tragédia que causou a morte de duas pessoas em 3 de julho. A prefeitura vai aguardar inquérito da Polícia Civil para decidir se haverá demolição ou liberação. “Os técnicos dizem que é possível liberar e teoricamente é possível, mas o tempo de fazer um projeto e de fazer as obras de recuperação pode levar até seis meses. A população não pode conviver com este medo e o trânsito não pode conviver com este transtorno que existe hoje no local”, afirmou durante o evento de lançamento Comitê Metropolitano da Coligação Todos por Minas, no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Segundo o Lacerda, os trabalhos da prefeitura são feitos em acordo comum com a perícia da Polícia Civil e Ministério Público. Ele disse que a a PBH está se preparando para demolição do viaduto, mas isso só vai acontecer quando a polícia técnica liberar.

A perícia técnica começou ontem a romper o bloco de fundação da estrutura da alça sul para inspecionar seu interior.
O trabalho permitirá aos peritos examinar as armações de aço presentes na peça de concreto. A construtora Cowan, responsável pela obra, afirma que o bloco não suportou o peso do pilar por ter menos ferragens do que o necessário. Segundo a empresa, o erro de cálculo está no projeto executivo, feito pela Consol Engenheiros Consultores, que nega a falha. No domingo, os peritos concluíram as escavações no entorno do pilar que afundou com a queda da alça sul, segundo a assessoria de imprensa da corporação.

Ainda segundo Lacerda, a BHTrans está analisando alterações no fluxo do BRT para aliviar os problemas no trânsito por causa do fechamento da avenida que já passou de um mês. Sobre as responsabilidades, o prefeito falou apenas em aguardar o laudo final da polícia. “Existe o laudo dessa perícia da Cowan e existe a posição da própria empresa que fez o projeto. Nós temos peritos contratados avaliando a situação e a posição final será da perícia (da polícia) e, em último, caso da Justiça”. .