Oito criminosos envolvidos com vários homicídios registrados em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram presos pela Polícia Civil entre os meses de junho e julho deste ano e apresentados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) na tarde desta terça-feira. Nos últimos dois meses, 19 mandados de prisão foram cumpridos no município.
O primeiro inquérito apresentado pelo delegado Álvaro Homero Huertas, foi o de Felipe Júnior Marques, que matou a namorada com um tiro na cabeça por ciúmes, no dia 21 de junho de 2014. De acordo com as investigações, o preso tinha um histórico de agressividade contra a vítima. O segundo caso foi a morte de Douglas Junior, assassinado com 17 tiros no dia 26 de fevereiro, também deste ano. Os autores foram Isac Plínio Cardoso e Rafael Lopes Pereira, que tinham participação no tráfico de drogas de Betim. “Eles queriam comandar a venda de entorpecentes e suspeitaram que Douglas fazia parte de outra gangue. Foi uma execução que causou muito espanto pela população”, relatou o delegado.
O terceiro apresentado foi Rodrigo Ferreira de Souza, que invadiu uma casa de atendimento a pessoas especiais no dia 14 de abril para roubar. A Polícia Civil informou que ele conhecia a vítima, o segurança do local, e o matou a facadas. Eduardo Pereira de Souza e Vanderlei Fonseca dos Santos foram apresentados na delegacia como os responsáveis pela morte de uma criança de três anos. O caso aconteceu quando os autores viram o padrasto da vítima dentro de um carro e atiraram. “Eles estavam em plena guerra contra o tráfico e resolveram matar o homem, mas atingiram a criança”, disse o delegado.
O último crime aconteceu em 2012, quando o traficante Junior Dias de Carvalho foi cobrar uma dívida de um usuário de drogas e o assassinou. “Haviam testemunhas no momento do homicídio e depois elas foram mortas. Temos três mortes confirmadas em decorrência da execução do usuário”, disse o delegado. Dos oito presos, seis foram encaminhados para o Ceresp Betim e dois para a penitenciária Nelson Hungria.
“Acreditamos que essas prisões possam dar maior tranquilidade à população, mas sabemos que o crime de homicídio é o reflexo da situação atual da sociedade. Precisamos de investimentos em saúde, educação e segurança para que os crimes diminuam”, ressaltou Álvaro Homero Huertas.