Jornal Estado de Minas

Grupo que roubou cerca de R$ 1 milhão em cargas é preso em Belo Horizonte

Investigação durou cerca de sete meses e rastreou a atividade criminosa da quadrilha. Eles são apontados como responsáveis por vários roubos, inclusive a um veículo dos correios, com carga estipulada em R$ 200 mil

A quadrilha responsável por roubar aproximadamente R$ 1 milhão em cargas e que aterrorizava motoristas de veículos transportadores há sete meses foi presa e apresentada pela Polícia Civil na tarde desta quinta-feira na Delegacia de Investigação a Furto e Roubo de Veículos, na capital.
Entre as ações criminosas, os seis integrantes são apontados como responsáveis pelo roubo de um caminhão dos correios, avaliada em R$ 200 mil.

Desde o início deste ano a polícia investiga casos semelhantes de roubo a veículos carregados de produtos com alto valor mercadológico. A operação, denominada “Fardier” , ainda apreendeu três revólveres calibre 38 e um bloqueador de sinal de rastreamento veicular, que evitava que as empresas e as seguradoras das cargas tivessem acesso às rotas dos caminhões.

De acordo com o delegado Marcos Vignolo, os bandidos agiam de forma organizada e adotavam padrões semelhantes a cada ação. “Todos agiam armados e rendiam o motorista que estava responsável pela mercadoria. Posteriormente, eles deixavam o trabalhador em um local distante, para que eles pudessem ter tempo para fugir. Os suspeitos não assumiram os roubos, mas temos provas suficientes para apontá-los como autores destes crimes”, afirmou.

Com a prisão do grupo, a polícia acredita que tira das ruas uma das maiores quadrilhas especializadas em roubo a cargas. A suspeita é de que eles tenham movimentado produtos no valor de aproximadamente R$ 1 milhão.
“Temos registros de assaltos valiosos, um exemplo disso é a carga de 200 mil dos correios. Isto comprova que eles agiam de forma pensada em Belo Horizonte e Região Metropolitana”, completou o delegado.

Uma hipótese levantada pelos trabalhos investigativos para explicar tantos roubos é de que o grupo recebia informações privilegiadas a respeito da rota dos veículos e do valor dos produtos. Depois de cometer os crimes, a carga era revendida no mercado negro, para dificultar a ação policial de rastreamento. Conforme as informações repassadas pela Polícia Civil, o grupo foi totalmente desarticulado e agora, depois de condenados, vão cumprir pena por cada um dos assaltos. .