Jornal Estado de Minas

Irmãos estelionatários que movimentaram cerca de R$ 200 mil são presos em Betim

Dupla agia com documentos falsos de policiais e bombeiros para conseguir dinheiro em agências de empréstimo. Eles possuem extensa ficha criminal e agiam de forma semelhante em todos os golpes

A Polícia Civil prendeu dois irmãos que aplicavam golpes utilizando documentos falsos de policiais e bombeiros em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com as investigações, Amarildo Garcia Simões de Oliveira, 43 anos, e Leandro Garcia Simões de Oliveira, 34, falsificavam identidades e cadastro de pessoa física de funcionários ligados á segurança pública para conseguir empréstimos junto a instituições financeiras. A suspeita é de que eles tenham movimentado R$ 200 mil.

Conforme informou em entrevista coletiva o delegado Kleyverson Rezende, as investigações começaram depois que Leandro se dirigiu até um cartório com um documento de um cabo do Corpo de Bombeiros para retirar um empréstimo no valor de R$ 38 mil. Porém, os funcionários do local suspeitaram da ação, fazendo com que o processo demorasse mais que o de costume. Impaciente, Leandro deixou o local antes da conclusão do pedido financeiro, o que fez com que a polícia fosse acionada.

A Polícia Civil teve acesso às imagens do cartório, o que possibilitou um trabalho mais detalhado de investigação. Conforme relatou o delegado, 16 boletins de ocorrência no nome do autor foram encontrados durante levantamento.
Os irmãos davam preferência para pessoas que trabalhavam nas polícias Militar e Civil, devido a facilidade de acesso à empréstimos. Ao chegar em instituições de empréstimo, eles apresentavam documentos como contra-cheque e identidade, para pedir valores variados em dinheiro.

A forma com que eles tinham acesso aos dados dos servidores públicos ainda será investigada, mas a dupla alega que comprava a documentação na Praça Sete, Região Central de BH. O cabo dos Bombeiros que foi alvo do golpe esteve presente na apresentação dos irmãos e informou que outros colegas de corporação foram vítimas dos suspeitos. Ele acredita que existam outras pessoas por trás do esquema.

Os dois irmãos tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça, com base nos levantamentos, que contaram com o apoio ainda do serviço de inteligência do Corpo de Bombeiros. Ambos possuem extensa ficha criminal, com antecedentes em crimes de estelionato e falsificação de documentos.

Com informações de Andréa Silva

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