O projeto Bike BH precisa apenas da conclusão dos licenciamentos para tomar as ruas, segundo Ramon Cesar. Até o mês que vem, estarão em funcionamento as 40 estações previstas no edital do programa e 400 bicicletas disponíveis ao público. Atualmente, quatro estão em funcionamento, em terminais instalados nas praças da Liberdade, Afonso Arinos, Rui Barbosa e Mercado Central.
Além de seis estações na Pampulha, haverá outras 34 na Região Central, distribuídas por oito bairros: Barro Preto, Boa Viagem, Centro, Funcionários, Lourdes, Santa Efigênia, Santo Agostinho e Savassi.
Implantação
A montagem dos bicicletários no entorno da lagoa já começou. As bikes poderão ser retiradas e entregues próximo ao zoológico, Parque Ecológico, Marco Zero, Mirante do Bem-te-vi e Rua Versília. A instalação no sexto ponto, o Mirante do Sabiá, ainda está sendo definida. Na Região Central, estão em fase de implantação os terminais da rodoviária (Praça Rio Branco, na lateral do comando da Polícia Militar), Instituto São Rafael, Fórum Lafayette, Praça Raul Soares, Santo Agostinho (Avenida Barbacena), Diamond Mall, Rua Aimorés (esquina com Avenida Bias Fortes) e Sesc Palladium. O local na Praça da Assembleia ainda será definido.
Cada estação tem lugar para 10 bicicletas. Para retirar, basta fazer um cadastro pela internet (www.movesamba.com/bikebh), baixar um aplicativo no smatphone ou ainda ligar para o número 4003-9847. As bicicletas podem ser usadas por até 60 minutos de segunda a sábado e até 90 minutos nos domingos e feriados. Depois desse tempo, é necessário devolver a bike e esperar 15 minutos para retirá-la novamente. Quem optar por uma diária de 24 horas paga R$ 3.
Quem preferir o mês todo, tem um gasto de R$ 9.
Quase 10 mil se cadastraram
O modelo europeu de bicicletas compartilhadas desembarcou na capital mineira em 7 de junho e, desde então, foram feitas mais de 5.668 viagens. Mais de 9,8 mil pessoas se cadastraram no sistema, de acordo com a assessoria de imprensa da Serttel/Samba Transportes Sustentáveis, empresa responsável pela criação, implantação e operação do projeto em Belo Horizonte, em parceria com o Itaú/Unibanco e a prefeitura.
“A iniciativa é fantástica pela possibilidade de termos aqui na cidade um serviço dessa natureza. Chegar aqui e ter as bicicletas para usar a um custo baixo é muito bom. Sem falar no benefício à saúde e em deixar de usar o carro”, afirma Walmor Barros de Camargos, de 44 anos, engenheiro mecânico. “O relevo de BH é que dificulta e a cidade ainda tem poucas ciclovias, de maneira que o uso aqui ainda tem limitações”, acrescenta. Ele estava no ponto da Avenida João Pinheiro, no Bairro Funcionários, com a mulher, a dona de casa Lucicleia, de 46 anos, e os filhos Luiza, 14 anos, Bernardo, 12 anos, e Paula, 7 anos.
“Domingo é o melhor dia para andar com essas bicicletas, pois tem menos trânsito. Elas são boas e confortáveis. De vez em quando, o sistema demora a liberar a bicicleta, mas, no geral, ele funciona”, afirma o estudante Antônio Augusto de Oliveira, de 27 anos. Ele retirou duas bicicletas no ponto da Avenida João Pinheiro, no Bairro Funcionários, para andar com a namorada, a estudante Ana Luiza Torres, de 23 anos. Eles usaram essas bicicletas pela segunda vez..