Muitos carros e muita imprudência. Na volta do feriado de assunção de Nossa Senhora, dezenas de motoristas foram multados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por desrespeitar a lei e pôr outros condutores em risco. Na BR-381, em Sabará (Grande BH), único acesso à capital que ainda não está duplicado, a reportagem do Estado de Minas flagrou vários motoristas autuados por andar no acostamento. Até as 16h45, policiais já haviam multado 50 condutores na rodovia, entre Sabará e Santa Luzia. Depois, em 30 minutos, outros 21 motoristas foram flagrados.
Segundo a PRF, a fila de veículos no acesso à capital pela 381 chegou a 30 quilômetros de extensão, chegando ao município de Caeté. O agente Rafael Nunes explicou que a cena se repete em vários pontos da 381 em retornos de feriados e que, normalmente, os motoristas dão desculpas para tentar evitar as multas. Andar no acostamento é infração considerada gravíssima, com perda de sete pontos na carteira e multa de R$ 574,62.
Um dos condutores parados alegou problemas de saúde. “Minha filha está passando mal, por isso vim pelo acostamento para acelerar a viagem e levá-la ao hospital”, disse, sem se identificar. Em um dos casos, o condutor autuado dirigia um veículo de uma auto-escola no Bairro Serra, Região Centro-Sul da capital. Policiais também multaram três motociclistas pela mesma infração, sendo que uma delas passou em alta velocidade pelo acostamento.
Morte na MG-424 No início da noite, um Palio Weekend e uma Kombi bateram de frente no km 23 da MG-424, em Pedro Leopoldo, na Grande BH. O motorista do Palio morreu. O filho do condutor ficou ferido. Os dois seguiam para Matozinhos. Na Kombi havia três pessoas da mesma família que voltavam de um sítio em Funilândia, na Região Central. O helicóptero Arcanjo, do Corpo de Bombeiros, atendeu uma mulher que estava na Kombi e se feriu gravemente. Ela foi levada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, assim como os outros três feridos socorridos por ambulâncias.
Em 10 anos, 536 mil mortos no país
Acidentes de trânsito deixaram mais de 536 mil mortos no Brasil em dez anos, contabilizou uma pesquisa do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Coppe/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
.