O quarteirão da Avenida Amazonas, entre a Rua dos Aimorés e a Mato Grosso, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de BH, vai ganhar vida nova a partir do início do ano que vem. Quatro casarões de estilo eclético da década de 1930, degradados e tomados pela sujeira e pichação, serão restaurados para dar lugar a um centro de referência cultural e de memória. No local, funcionará também uma parte do Colégio Santo Agostinho.
Alguns pavimentos serão usados pelo colégio e outros serão salas comerciais. Na Avenida Amazonas, a vista será das casas reformadas e dos jardins. O acesso ao prédio será pela Rua dos Aimorés, ao lado do colégio, com entrada diferenciada para a escola. Na Rua Mato Grosso, haverá entrada da garagem, com saída pela Amazonas.
O local será reservado para uma escola de dança, casa do funcionário (espaço de lazer para o horário de descanso dos empregados do colégio), biblioteca e centro de exposições – ainda não está definido se vai abrigar coleção de arte negra ou documentação dos padres sobre o período da ditadura militar. No último pavimento, cobertura de telhado verde, com jardim, árvores, pequena horta e lago.
Um quinto casarão que não é tombado e não tem condições de ser restaurado, segundo a arquiteta responsável pelo projeto, Maria de Fátima Diniz Camargos, será demolido. Um vitral é o único item a ser aproveitado – ele será aplicado em outro local do edifício. “O lugar ficará muito interessante pela diversidade de ocupação, com o colégio e o centro cultural. Além disso, há uma proposta de política social muito interessante, pois a ideia é abrir o espaço à comunidade”, diz Fátima.