As investigações sobre o caso começaram na última semana depois que a mãe do adolescente procurou a delegacia. A vítima conheceu o suspeito pois jogava futebol com ele e outros colegas menores de idade. “O garoto contou para os amigos e para a mãe que o padre o estava assediando.
Os dois se comunicavam pelas redes sociais desde junho deste ano. Entre as conversas, o padre chegava a pedir sexo oral ao jovem e fotos dele nu. “Existem modalidades de pedofilia que vão da mais branda até a mais grave. O caso dele foi a mais branda, pois simplesmente estava assediando o menor. Ele conversava com o garoto e fazia perguntas através de um site de relacionamento, como por exemplo se o jovem faria sexo oral nele, se ele queria tirar imagens nu da cintura para baixo quando estava excitado, entre outras”, diz a delegada.
Depois da comprovação do assédio, a delegada pediu à justiça um mandado de busca e apreensão, que foi cumprido nessa quarta-feira. A polícia foi até o local de trabalho do padre, que já está afastado das suas funções eclesiásticas, e depois seguiram até a casa dele. “Na residência, um perito analisou o notebook e o celular dele e encontramos toda a conversa”, comentou Silva.
O padre foi levado para a delegacia e confessou, em depoimento, o assédio. “Ele pediu perdão e disse que realmente foi ele quem escreveu as mensagens. Tivemos que liberá-lo, pois não encontramos nenhum material no computador, como fotos de adolescentes nus, que configurasse o flagrante”, relatou a delegada.
Na oitiva, o religioso explicou que já está afastado das suas funções eclesiásticas há um tempo.
O inquérito tem um prazo de 30 dias para ser encerrado. A polícia não descarta, apesar de não ter nenhuma denúncia, que outros jovens tenham sido assediados. Garotos que participavam do futebol junto com o padre também serão chamados para depor. .