“Disseram, sem apresentar nenhum documento, que iriam realocar as famílias. Mas não deram detalhes sobre a localização do novo terreno para onde seriam transferidas”, afirmou. De acordo com Isabella, por meio do Ministério Público, os donos do terreno sugeriram, verbalmente, que a comunidade deixe a área invadida, desde julho do ano passado. Feito isso, eles oferecem, em comodato, um terreno para abrigar as famílias.
Em reunião no MP, o grupo de apoio às ocupações Esperança, Vitória e Rosa Leão encaminhou ofício aos donos da área ocupada, em que estabelecem critérios para o acerto: infraestrutura como água e luz, mesma região do Isidoro, para garantir que as crianças continuem na escola, entre outros.
Charlene Cristiane Egídio, moradora da ocupação Rosa Leão, não demonstra otimismo com a saída negociada. “Estamos todos temerosos de que a qualquer momento a polícia invada a área. Continuamos tensos com a possibilidade de que a reintegração seja cumprida a força. Até agora, as autoridades, diante desse problema social, nos oferecem abrigo em um galpão.
A operação da Polícia Militar de reintegração de posse do terreno da Mata do Isidoro estava prevista para o dia 13. Porém, uma liminar da Vara da Infância e Juventude suspendeu a ação. Há pelo menos três decisões judiciais de reintegração de posse, uma delas referente à ocupação Vitória, local destinado a construção de moradias populares, dentro do programa Minha casa, minha vida. A Prefeitura de BH cadastrou 2,5 famílias na área invadida, mas os moradores afirmam que são 8 mil..