Jornal Estado de Minas

Homem que matou pastor da Igreja Universal em BH é condenado a 22 anos de prisão


O assassino do pastor Charles Vidal de Souza, de 34 anos, foi condenado pela Justiça. Reinano Francisco de Oliveira, de 45, terá que cumprir 22 anos e cinco meses de prisão em regime fechado pelo latrocínio – roubo seguido de morte. Essa foi a segunda condenação do homem pelo mesmo tipo de crime. O homicídio contra o religioso aconteceu em janeiro deste ano dentro da Igreja Universal no Bairro Céu Azul, na Região de Venda Nova.



Conforme as investigações, Reinano pretendia roubar a igreja e o veículo do pastor. Ele no local e rendeu a vítima, que estava sozinha. Ela teve as mãos amarradas com uma fita. Quando o homem tentou prender os pés, o religioso reagiu e os dois entraram em luta corporal. Oliveira conseguiu se desvencilhar e atirou na perna do refém. Em seguida, deu um tiro na cabeça dele, que morreu na hora.

Oliveira abandonou o corpo do homem e fugiu no veículo para Bocaiuva, no Norte de Minas. Chegando à cidade, parou em uma loja de ferramentas e comprou alguns materiais, que segundo os policiais, seriam utilizados para o desmanche do veículo. O homem pretendia fazer o serviço em São Mateus, no Espírito Santo. A ida, no entanto, teve que ser adiada porque ele não conseguiu dinheiro para abastecer o carro. Assim, decidiu voltar para Contagem. Lá, encontrou com uma viatura da polícia e acabou preso depois de abandonar o veículo roubado.

Durante a fase de investigação, o assassino confessou o crime, porém, na instrução do processo contou uma outra versão para os fatos. O juiz Marcelo Lucas Pereira, ao analisar os autos, considerou que havia provas suficientes que mostravam a culpa do réu. O magistrado observou que no interior do veículo, abandonado dias depois na cidade de Contagem, foi encontrada uma nota fiscal de pagamento de crédito para o celular de Oliveira, além de um par de tênis que assumiu ser dele.

Ao estabelecer a pena, o juiz considerou ainda desfavorável a existência de outros processos criminais do acusado e as consequências do crime concretizando a pena em 22 anos e 5 meses em regime inicial fechado. A decisão ainda cabe recurso.

Essa não é a primeira condenação de Reinano. Ele já havia sentenciado pelo mesmo crime de latrocínio. Em 1988, foi preso, mas conseguiu fugir quatro anos depois. Depois de cometer novos crimes foi preso novamente e ficou detido até 2009, quando, mais uma vez, conseguiu escapar.