Depois de três anos de espera, a população de Cachoeira do Campo, na Região Central de Minas, pôde enfim comemorar a reabertura da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, do início do século 18 e tombada em 1949 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A matriz foi fechada em setembro de 2011 para as obras de restauração, mas a demora na liberação dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) interrompeu o restauro por seis meses e preocupou os moradores.
Em junho do ano passado, a revitalização da matriz foi retomada e ontem, finalmente, com a celebração eucarística presidida por dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana, ela foi devolvida aos fiéis. A restauração do templo, considerado um dos mais importantes representantes do barroco português em Minas, demandou investimentos de R$ 1,8 milhão entre recursos federais e do município. Durante as obras, técnicos do Iphan descobriram sob a pintura, do século 19, outras camadas de tinta, datadas do século 18.
RELEVÂNCIA HISTÓRICA Além da importância artística, a Matriz de Nossa Senhora de Nazaré tem relevância histórica. Foi em seu interior que ocorreu a nomeação do primeiro governador de Minas, Manuel Nunes Vieira, durante a Guerra dos Emboabas. Narrativas históricas também relatam que o conspirador Felipe dos Santos, responsável pela revolta de 1720, foi torturado antes de ser enforcado..