Os ataques contra capelas de sete cidades da Região da Zona da Mata ainda é um mistério. A ação contra os templos acontecem desde março deste ano. A última foi na semana passada em Porto Firme. A Polícia Civil acredita que a onda de vandalismo é consequência da intolerância religiosa e causada por um mesmo grupo de pessoas. Dois suspeitos serão intimados nos próximos dias para prestar depoimentos. Eles foram delatados, nesta segunda-feira, por moradores através do disque denúncia.
Em todas as ocorrências, os vândalos deixaram um sinal, o que leva a polícia acreditar que todos os incêndios foram provocados por um mesmo grupo. “Eles fizeram cruzes com sal grosso em algumas capelas. Por isso, acreditamos que os ataques foram feitos pelas mesmas pessoas e por intolerância religiosa”, explicou o delegado Edvin Otto Filho, responsável por investigar parte dos ataques.
Os criminosos não roubaram obras sacras nem depredaram os templos. “Os vândalos apenas quebraram os santos e atearam fogo nas capelas. Nada foi furtado”, comenta o delegado.
Nesta segunda-feira, equipes das delegacias de Ubá, Viçosa e Juiz de Fora, que investigam os casos, foram em alguns municípios para tentar encontrar indícios dos suspeitos. “Recebemos uma denúncia anônima sobre duas pessoas que podem ter participação nos casos. Uma delas já foi entrevistada informalmente e ambos serão chamados para depor nesta semana”, explica Filho.