Jornal Estado de Minas

PBH quer liberar Avenida Pedro I no dia 21

Jorge Macedo - especial para o EM
Landercy Hemerson

- Foto: Euler Junior/EM/D.A Press

Está nas mãos da Justiça a decisão sobre a liberação da Avenida Pedro I, prevista agora para ocorrer no dia 21. A informação é do engenheiro Eduardo Pedersoli, da Defesa Civil Municipal,  que espera autorização da implosão da alça norte do Viaduto Batalha dos Guararapes, no Planalto, na Região Norte de BH, para o dia próximo dia 14. Em reunião ontem à noite com cerca de 90 moradores do entorno do elevado para explicar detalhes da operação, Pedersoli afirmou que uma semana depois da demolição da alça, o local estará limpo e liberado ao tráfego na via. Desde 3 de julho, quando houve a queda da alça sul, o trânsito na Pedro I está fechado.

Hoje, na audiência no 1ª Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, o engenheiro responsável pela implosão, Fabio Bruno Pinto, vai informar detalhes sobre o procedimento e disse que irá apresentar apólice de seguro de sua empresa, como forma de tranquilizar os moradores e para tentar garantira liberação da demolição pela Justiça, que mantém os trabalhos suspensos.

A advogada Ana Cristina Campo Drumond, representante dos moradores do edifício Antares , participou do encontro e disse que toda a comunidade deseja ver uma solução a curto prazo. “Precisamos, porém, de garantias de que a implosão não vá causar danos aos imóveis. É este o anseio de todos que vieram aqui em busca de informações e que quer apoio na audiência pública na Justiça”, afirma.

Na reunião, o engenheiro Fábio Pinto, sócio da empresa carioca Fabio Bruno Construções, fez uma explicação didática de como será a implosão e ainda mostrou imagens de trabalhos semelhantes que foram realizados pelo grupo, entre os quais, a demolição na Avenida Perimetral no Rio de Janeiro.

Segundo ele, serão usados 125 quilos de explosivos e o impacto da queda será de 1.800 toneladas. “Calculamos uma vibração máxima de 17 milímetros por segundo em uma área distante 15 metros da estrutura.

Vibração essa suportável pelas edificações do entorno”, explicou. Ainda segundo Fábio, em volta dos três pilares que serão implodidos será colocada uma tela de metal de proteção, além de uma rede de proteção em geotêxtil. No entorno do viaduto, será aberto uma vala de um metro e meio de profundidade para minimizar o impacto. O responsável pela empresa admite que sempre há riscos, mas garantiu que a situação é controlada.

NA CÂMARA A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou ontem, em votação em plenário, requerimento para a abertura de uma comissão especial destinada a apurar as causas da queda da alça sul do viaduto, e a analisar as medidas tomadas pela prefeitura desde o incidente. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, esse tipo de comissão tem poder apenas de convidar pessoas para serem interrogadas por parlamentares, e não de convocá-las, ao contrário de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI). Ao final dos trabalhos será elaborado um relatório. 

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