A Consol Engenheiros Consultores, responsável pelo projeto executivo do Viaduto Batalha dos Guararapes, voltou a se eximir da responsabilidade da pela queda da estrutura que matou duas pessoas e feriu outras 23 em Belo Horizonte. A direção da empresa afirma que houve erro na execução do projeto na parte superior da alça sul do elevado. A declaração foi concedida nesta terça-feira, um dia antes do laudo oficial do Instituto de Criminalística (IC) ser encaminhado para o delegado que apura o caso.
O engenheiro Maurício Lana, presidente da Consol, contestou até mesmo a necessidade de demolição da alça norte, que ficou de pé. “Desconheço qualquer documento técnico nesse sentido, mas apenas uma recomendação verbal. Se, concluíram que o problema é o bloco de sustentação de um pilar, porque não corrigi-lo e manter toda estrutura?”.
Lana e sua equipe fizeram levantamentos que contestam a versão da empresa executora da obra, a construtora Cowan, em 22 de julho, que atribui a erros do projeto a queda. Segundo ele, são pelo menos cinco itens que divergem da proposta original na parte superior do viaduto.
Demolição
A Justiça autorizou, nesta terça-feira, a demolição da alça norte do Viaduto Batalha dos Guararapes. A decisão foi tomada depois de uma audiência de conciliação realizada no 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, que contou com a presença do Ministério Público, empresas envolvidas, moradores dos edifícios Antares e Savana, além de outros vizinhos do elevado. A execução está marcada para dia 14 de setembro e os trabalhos de movimentação de operários começam nesta quarta-feira.
A Prefeitura de Belo Horizonte promete liberar no próximo dia 21 o trecho da Avenida Pedro I, na Pampulha, que está interditado desde o dia 3 de julho por causa do desabamento.
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