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Estado de Minas

Investigação sobre incêndio que destruiu ônibus articulado do BRT é inconclusiva

Veículo pegou fogo no fim de junho na Avenida Pedro I. Testemunhas disseram que as chamas começaram na articulação do coletivo


postado em 04/09/2014 06:00 / atualizado em 04/09/2014 07:05

Coletivo Viale da linha 61 ficou destruído por fogo iniciado na sanfona que une as duas partes da carroceria(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press 30/6/14 )
Coletivo Viale da linha 61 ficou destruído por fogo iniciado na sanfona que une as duas partes da carroceria (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press 30/6/14 )

Fabricante do ônibus articulado Viale BRT do Move da linha 61 (Venda Nova/Centro) que pegou fogo na noite de 30 de junho na Avenida Pedro I, a encarroçadora gaúcha Marcopolo declarou nessa quarta-feira que a perícia contratada para investigar a causa do incêndio foi inconclusiva. A empresa alegou que a destruição do ônibus, que teve perda total, tornou impossível identificar o que provocou o incêndio.

Caso fosse constatado problema de fabricação, a BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) haviam cogitado exigir um recall. “Foi encontrado diesel na sanfona (que é feita de material inflamável), o que acabou colaborando para a rápida propagação do fogo”, acrescentou a Marcopolo, empresa com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em nota.

Na ocasião do incêndio, testemunhas afirmaram que o fogo começou na articulação do coletivo – onde há uma rótula e fiação elétrica sob a sanfona que une as duas partes da carroceria. O motorista Maurício Ferreira de Lima contou que percebeu uma fumaça estranha e parou o coletivo na pista exclusiva do Move. Ao ir verificar a articulação, observou que havia chamas na parte de baixo. Funcionários de um posto de gasolina ficaram assustados com o fogo. Os passageiros saíram ilesos.

O chassi do ônibus incendiado, de prefixo 10701, que pertencia à Viação Jardins (empresa do grupo Saritur) era o Mercedes-Benz O-500 MA, modelo predominante entre os 192 ônibus articulados do Move. O coletivo estava nas ruas desde o primeiro dia de operação do BRT, em 8 de março. Antes de pegar fogo na linha 61, chegou a rodar em outras linhas, como a 82 (Estação São Gabriel/Savassi via Hospitais), 83D (São Gabriel/Centro – direta) e 83P (São Gabriel/Centro – paradora), sendo usado ainda, depois da inauguração das estações Pampulha e Vilarinho, na linha 51 (Estação Pampulha/Centro/hospitais).

Procuradas pela reportagem, Mercedes-Benz e Saritur disseram ainda não ter recebido o laudo a respeito do incêndio.

Histórico

Em 7 de março – um dia antes do início da operação do BRT da capital –, o Estado de Minas registrou a realização de testes de refrigeração em um ônibus articulado Mercedes-Benz O-500 MA do Move, ainda na fábrica da Marcopolo, para evitar casos de superaquecimento. A avaliação ocorreu depois de falha que paralisou parte da frota do Transoeste, primeiro corredor do transporte rápido por ônibus do Rio de Janeiro. Na época, a explicação dada pelo fabricante de chassi foi de que o corte da grama ao longo da margem das pistas percorridas por veículos do BRT e o compressor do ar-condicionado levavam ao aquecimento do radiador e do compartimento do motor, respectivamente.

 


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