Jornal Estado de Minas

Bebê de seis meses morre em hospital de BH e médicos desconfiam de maus-tratos

Pai da criança é o principal suspeito de ter agredido o garoto. Polícia Civil já ouviu o homem e ainda aguarda o laudo da necrópsia que vai determinar as causas da morte

João Henrique do Vale Andréa Silva

A Polícia Civil investiga a morte de um bebê de seis meses que morreu na madrugada desta quinta-feira no Hospital Odilon Behrens, em Belo Horizonte.

A criança estava internada desde terça-feira na unidade de saúde. A suspeita dos médicos, que acionaram a delegacia de homicídios, é de maus-tratos por parte do pai e da madrasta. Os dois prestaram depoimento nesta manhã. O delegado Delmes Rodrigues Freiten, responsável pelo caso, não passou detalhes das oitivas e informou que aguarda o laudo de necrópsia para se pronunciar.

A criança estava com o pai e a madrasta desde segunda-feira. No dia seguinte, eles acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) alegando que o garoto estava passando mal. Ele foi encaminhado para o Odilon Behrens, onde os médicos começaram a desconfiar da versão apresentada pelo pai.


O homem, que trabalha como açougueiro, afirmou que estava dando banho na criança, na segunda-feira, quando ela escorregou e caiu. Quando o garoto foi mamar, começou a passar mal. Os familiares da mãe informaram que o pai esperou até o dia seguinte para procurar socorro. Laudo dos médicos apontaram que a criança chegou na unidade de saúde com traumatismo craniano e já em coma.

Na madrugada desta quinta-feira, o bebê não resistiu aos ferimentos e morreu. Os médicos acionaram a Polícia Civil que começou a investigar o caso. Nesta manhã, o pai e a mãe da criança foram ouvidos pelo delegado Delmes Freiten. O teor dos depoimentos não foram divulgados pelo policial, que ainda aguarda o resultado da necrópsia, que deve sair até o fim da tarde.

Mesmo sem a confirmação dos maus-tratos, os familiares da mãe da criança acusam o pai de ter agredido o bebê em outra ocasião. Quando o garoto tinha dois meses, a criança apresentou um hematoma no pescoço depois de uma estadia na casa do homem. O açougueiro apresentou a versão de que o menino rolou na cama e ficou com o pescoço preso no móvel. A família acreditou e não denunciou o caso.

Veja a reportagem da TV Alterosa

 

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