O ônibus da linha 4103 passava pela Rua José do Patrocínio Pontes quando parou em um ponto em frente ao Hospital Hilton Rocha. Rosileide da Silva Gomes, de 48 anos, estava com a filha, a cadeirante V.G.S, de 7. Elas usaram o elevador quando acabaram caindo do equipamento.
Em depoimento, a mulher contou que o motorista parou no ponto de ônibus e ela foi embarcar. O cobrador desceu para ajudar e mãe e filha subiram no elevador.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a garota sofreu ferimentos no rosto e a mãe precisou de atendimento, pois passou mal diante da situação. Ambas foram encaminhadas para o Hospital João XXIII. De acordo com a unidade de saúde, elas estão estáveis e passam por exames. Não há previsão de alta.
A BHTrans informou que não vai se pronunciar sobre o caso até ter acesso ao boletim de ocorrência do acidente. A empresa adiantou que fará a apuração do ocorrido, estando o consórcio operador sujeito às penalidades previstas no regulamento do serviço de transporte coletivo, que podem ser multa, retenção do veículo, dentre outros.
Belo Horizonte tem atualmente uma frota de 3.297 veículos. Desses, 86% contam com elevador e sistema de acessibilidade. A BHTrans informou que os veículos com as adaptações passam por vistorias periódicas. Uma dessas aferições é realizada nos pontos finais de ônibus, por equipes de técnicos e fiscais da empresa.
De agosto do ano passado até 31 de julho deste ano, a empresa que administra o trânsito de BH aplicou 155 multas pelo não funcionamento ou defeito mecânico nos elevadores dos veículos do transporte coletivo.
A BHTrans ressaltou que vem discutindo com as entidades representativas das pessoas com deficiência as questões de acessibilidade no sistema e a possibilidade de melhorar os caminhamentos e equipamentos que ajudem as pessoas a se movimentarem com maior segurança.
Em abril deste ano, o jornal Estado de Minas já havia mostrado o drama de uma mulher para pegar os ônibus adaptados que seguem para o Bairro Mangabeiras. Dona de casa Maria José Almeida Santos Ribeiro, de 30 anos, mãe de Caio Francisco Almeida Menes e Vítor Ribeiro Menes, dois meninos cadeirantes, de 7 e 2 anos e meio, e de Paulo Alexandre, um bebê sem problemas de saúde, de 4 meses, deixa a cidade de Ribeirão das Neves, na Grande BH, em dois dias da semana para seguir até o bairro.