Jornal Estado de Minas

Jovem que esquartejou cunhado na Pampulha foi solto por erro no Ceresp Gameleira

O jovem foi recapturado nesta segunda-feira dentro da Rodoviária de Belo Horizonte. Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) insaurou um procedimento interno para apurar as irregularidades

João Henrique do Vale
Jovem foi solto por um erro de comunicação dentro da cadeia - Foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press
Um erro de comunicação no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira é a possível causa para soltura de Ailton Pinheiro Gervásio, 18 anos, que confessou ter esquartejado o corpo do cunhado e jogado os restos mortais na Lagoa da Pampulha. O jovem foi recapturado nesta segunda-feira dentro da Rodoviária de Belo Horizonte. Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) insaurou um procedimento interno para apurar as irregularidades.

Ailton chegou a ser preso pelo crime e, conforme as investigações da Polícia Civil, confessou o assassinato cruel. Em agosto deste ano, foi apresentado à imprensa, porém acabou solto no último domingo. De acordo com a Suapi, o jovem estava preso mediante a prisão temporária, que venceria no último sábado. Porém, a Justiça acatou o pedido pela prisão preventiva em 3 deste mês.

A volta do criminoso para a cadeia se deu por sorte e o olhar atento da delegada Cristina Angelini, que foi a responsável pelas investigações do assassinato.
A policial passou pela região da rodoviária na noite de domingo e avistou Ailton nas imediações. Nesta segunda-feira, ela retornou ao local e novamente avistou o jovem, que procurava a assistência social para embarcar em um ônibus e deixar a capital mineira.

Os guardas municipais que trabalham no terminal foram acionados e conseguiram conter o homem. Ele foi levado novamente para o Ceresp.

Entenda o caso

Aílton estava preso por causa do assassinato do cunhado. O caso começou a ser apurado em 13 de julho quando sacolas com partes do corpo da vítima, José Carlos Alves Ribeiro, de 21, foram encontradas na Lagoa da Pampulha. Três dias depois, a irmã do jovem, Rita Pinheiro Gervásio, de 27 anos, confessou o crime e delatou o irmão.

Em depoimento, os presos afirmaram que a motivação do crime eram as constantes brigas do casal. No dia do crime, Ailton surpreendeu José Carlos com golpes de marreta. Depois de tê-lo matado, o jovem pediu ajuda de um adolescente de 17 anos para ocultar o cadáver. Os dois tentaram queimar o corpo, mas desistiram porque o fogo poderia chamar a atenção de vizinhos. Eles decidiram então pelo esquartejamento, usando um machado e duas facas de cozinha..