A Polícia Civil de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, concluiu o inquérito sobre o caso da mulher de 22 anos que abandonou a filha recém-nascida em cima de um telhado no dia 2 de setembro. O documento será encaminhado à Justiça ainda nesta quarta-feira.
Conforme o delegado, Taynara usou o direito de permanecer calada mas, em conversa informal, ela disse que não sabia que estava grávida e que não se lembra de nada que aconteceu depois do parto. O caso foi descoberto por uma enfermeira que passava pelo prédio onde o bebê foi encontrado e ouviu o choro da criança. A Polícia Militar foi acionada por volta das 18h e resgatou a recém-nascida sem roupa e ainda com a placenta. A criança foi levada para o Hospital Samuel Libânio, onde permanece internada, e já passa bem. A avó revelou ao delegado que Taynara está ansiosa para que a menina chegue em casa.
A jovem chegou a ser presa em 4 de setembro, mas conseguiu a liberdade provisória e deixou o Presídio de Pouso Alegre, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). “O crime prevê pena de dois a seis anos. Porém, é reduzido em razão de não ter sido consumado”, explica Renato Gavião. O estado de depressão pós-parto não foi descartado. Ele explica que o indiciamento no artigo 123 do Código Penal Brasileiro (infanticídio) já considera a influência do estado puerperal no crime.
Reportagem da TV Alterosa mostra cenas do resgate da recém-nascida. Veja: